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Wookacontece: Navegando pela Língua Portuguesa

O Dia Mundial da Língua Portuguesa assinalou-se no dia 5 de maio. Anualmente, esta data comemora um património comum a muitas pessoas. Quer a tenham como língua mãe, língua de herança, segunda língua ou de aprendizagem, os falantes de português ascendem aos mais de 270 milhões, espalhados por todo o mundo.
Podemos ler o artigo completo aqui no blogue literário da Wook. 😘 Os autores do artigo deixam algumas sugestões:



Ler este livro devolveu-me um sentimento muito próximo a casa. Uma história que nos diz que vale sempre a pena sonhar, que o desejo não é apenas algo teórico. Ao mesmo tempo que nos colocamos neste espaço de amor e de busca, foi para mim uma experiência de leitura muito sensível, quase como se me importasse com aquelas personagens como se fossem família.

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Lido numa noite e uma manhã. A direta que fiz para ler O Retorno compensou como nenhuma outra que fiz na vida. Estávamos na pandemia, tudo parecia desmoronar-se. Quando conheci a história desta família que regressa de Angola nos anos setenta, as suas lutas, o desespero de perder tudo e nada encontrar, relativizei muito do que se passava em volta. Que livro, este! 

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Não é para todos os públicos, nem para todas as idades, este livro que é bem capaz de fazer os mais pudicos desmaiar. Há uma véspera de casamento em que tudo acontece, todos os segredos se revelam, e é exposta como nunca a tragédia da vida normal. As camadas que este texto contém são para os mais fortes e, no fim, ficamos com aquela impressão: «mas ele teve mesmo coragem de escrever isto?».

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Foi dos poucos livros que reli na vida, e já por duas vezes, o que diz o quanto esta história mexe comigo. De uma calma bucólica, a tragédia surge de repente e com tudo o que de hediondo ela representa. A guerra, a destruição que não invade apenas o terreno mas também a alma. Há, sem dúvida, para mim, um antes e um depois de ter (re)lido este livro.

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É daqueles livros sobre os quais apetece falar com muitas pessoas. Particularmente sobre o seu final. Mesmo com as que não o leram. Precisamos, de alguma forma, de nos libertar daquele final, de que só um autor com a mestria de Afonso Cruz seria capaz. Estamos incomodados, toda a história para trás desaparece perante aquele fim monumento.

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Foi uma surpresa. Quando o livro chegou cá a casa não estava à espera de encontrar nele uma história tão transformadora. Gostei muito de acompanhar a narrativa procurando os quadros que nela se fala, ao mesmo tempo que nos juntamos a personagens inusitadas, a eventos que ultrapassam a nossa compreensão. Um livro sobre fugas de nós próprios e sobre busca de sentido. 

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Aprendi imenso sobre o papel da mulher da sociedade moçambicana, com as suas diferenças entre o Norte e o Sul, e a forma como é encarada a presença da esposa no seio familiar. É um livro muitíssimo duro sobre uma mulher que descobre que não é a única esposa do seu marido e que, com isso, enceta um percurso de desespero que a vai levar a muitos lugares dentro dela. 

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Dentro de um prédio no centro da cidade de Luanda, a vida acontece a um ritmo e com características que servem de mote para percebermos como todo o país funciona. Vive-se na constante ideia de fim, de que algo vai perecer e toda a alegria é momentânea. Senti, ao ler este livro, que estava mesmo no coração da cidade, que vivia com eles e que participava numa daquelas sessões de cinema no pátio superior.

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Foi o meu primeiro encontro com esta escritora, e não poderia ter corrido melhor. O livro trata da história de Celestino, alguém que viveu uma vida de violência sem limites e que, no final da desta, se dedica com uma atenção e uma delicadeza extremosas ao seu jardim. Lembro-me de Celestino ser descrito com uma beleza imensa e de esta ser uma obra de contrastes, que recomendo muito.

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Estamos num prédio da cidade de Lisboa, nos anos quarenta do séc. XX, em pleno Estado Novo. Nesse prédio há vários apartamentos e todos eles guardam os segredos da vida dentro de casa, por oposição a uma vida de fachada que os portugueses levavam fora, devido à obrigatoriedade de se encaixarem em determinados padrões exigidos pelo regime. Recomendo este livro a quem queira iniciar um romance de Saramago, mas não tenha ainda lido nenhum antes.