Um roteiro literário pelo Centro de Portugal

A Região Centro de Portugal foi berço e ponto de passagem de alguns dos maiores escritores nacionais, mas também serviu de inspiração a algumas obras que marcaram a literatura portuguesa, influenciando José Saramago, Eça de Queiroz ou José Luís Peixoto.

Para quem tem a paixão da leitura, a Região Centro convida-o a colocar-se ao caminho e a viajar por estes passeios literários, como se estivesse a folhear as melhores obras nacionais. Desde paisagens inspiradoras a casas onde viveram os autores, são muitas as leituras que estes passeios podem oferecer.

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AS MINHAS LEITURAS: "A Inesperada Mrs. Pollifax" de Dorothy Gilman

 

Livros com gipsofila

Ficha do Livro

Autor: Dorothy Gilman

Título Original: The Unexpected Mrs. Pollifax

Edições: Seleções do Reader's Digest

Nº de Págs.: 122

Coleção: Livros Condensados

Ano de Edição: 1966

Classificação: Romance

Sinopse: Mrs. Emily Virgil Pollifax, de New Brunswick, Nova Jérsia, foi forçada a admitir que a sua ideia surpreendeu de facto o jovem agente da CIA. No entanto, segundo o seu ponto de vista, não havia qualquer razão que a impedisse de se tornar uma agente secreta. Era viúva e tinha os filhos já adultos e casados. Sentia-se cansada das reuniões do clube de jardinagem e, além do mais, ninguém no seu perfeito juízo a julgaria capaz de qualquer ato suspeito. Embora inicialmente o seu plano encontrasse oposição por parte das autoridades oficiais, o destino aliou-se à sua conspiração pessoal e, um dia, Emily Pollifax viu-se portadora de uma missão.

Assim começa uma deliciosa história de suspense em que tudo - ou quase tudo - corre inevitavelmente mal. Em breve, tanto a CIA como o inimigo teriam todos os motivos para desejar que Emily Pollifax tivesse permanecido em casa, permitindo que as duas fações travassem em paz a sua guerra fria.

Comentário

Achei a história engraçada, com muita aventura e suspense à mistura. Mrs. Pollifax é uma senhora que, surpreendentemente, não tem medo. Maravilhoso!

Recomendo a sua leitura!

Referências

📌 A autora Dorothy Gilman na Wikipedia.

📌 Adaptação para o cinema em 1999. 

Desafio Literário

O livro não corresponde a nenhum desafio literário.

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# 29

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AS MINHAS LEITURAS: "Dois Amigos" de Lillian Beckwith

Livros com gipsofila

 

Ficha do Livro

Autor: Lillian Beckwith

Título Original: They Spuddy

Edições: Seleções do Reader's Digest

Nº de Págs.: 55

Coleção: Livros Condensados

Ano de Edição: 1974

Classificação: Novela

Sinopse: As vidas de uma criança muda, de um cão vadio e de um marinheiro solitário interligam-se num encontro de repercussões inolvidáveis. O mundo de Andy, mudo de nascença, pareceu terminado aos oito anos, altura em que a mãe o abandonou. E é então que em Gaymal, pequenina aldeia piscatória escocesa, para onde a criança é enviada, esta conhece os seus primeiros amigos: o «Fura-Vidas», um cão vadio que não necessita de palavras para entender a dedicação que Andy lhe tributa, e o patrão Jake, pescador de arenques. Correndo pelos brejos com o cão, pescando arenques no barco de Jake, Andy principiou finalmente a compreender o significado do amor e da esperança. E num momento dramático, simultaneamente doce e amargo, esse amor quebra as algemas do coração de Andy e dá-lhe uma força que ele jamais julgara possuir.

Comentário

É uma bonita história que fala sobre relações e os seus traumas. Poderia facilmente ser adaptado para o grande ecrã 👉 fica a sugestão.

Referências

📌 Lillian Beckwith na Wikipedia.

📌 Notícia da sua morte no jornal Isle of Man «Island Author Dies», publicada a 9 de janeiro de 2004

Desafio Literário

📚  Mant'Anual 2023 na categoria «Leveza de livro (- de 100 pág.)».

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AS MINHAS LEITURAS: "Vieram para sempre" de Marjorie Margolies e Ruth Gruber

 

Livros com Gipsofila

Ficha do Livro

Autor: Marjorie Margolies e Ruth Gruber

Título Original: They came to stay

Edições: Seleções do Reader's Digest

Nº de Págs.: 150

Coleção: Livros Condensados

Ano de Edição: 1976

Classificação: Memórias e Testemunhos

Sinopse: Tudo começou num dia de Verão de 1968. Marjorie Margolies, uma jovem repórter da TV de Filadélfia, fazia a cobertura de uma reportagem sobre órfãos coreanos quando subitamente lhe ocorreu uma ideia: porque não daria ela própria um lar a uma dessas crianças? Apesar da argumentação dissuasora de seus pais e restantes familiares, Marjorie, de natureza obstinada, insistiu na ideia, conseguindo finalmente realizar o impossível.

Em 1970, Miss Margolies tomou um avião para a Coreia, onde conheceu Lee Heh Kyung, uma pequenita de seis anos com rosto de boneca. Estabelecendo-se imediatamente entre ambas fortes laços afetivos, a adopção resultou. Quatro anos mais tarde, Marjorie deslocou-se ao Vietname, à procura de uma irmã para Lee Heh. E Holly, de ascendência americana e com a idade de seis anos, entrou para a família. Holly, porém, era uma criança difícil e marcada. Como Marjorie decifrou os mistérios do traumatizado passado da pequenita e a ensinou a amar e a confiar constitui uma triunfante e reconfortante história.

Vieram para sempre é um documento do nosso tempo. É o retrato de uma mulher talentosa que compartilhou os frutos do seu êxito e de duas crianças que necessitavam do seu amor e a ele corresponderam.

Comentário

A adoção internacional é uma prática que existe há mais de 50 anos nos Estados Unidos da América; é comum entre as figuras públicas norte-americanas (como por exemplo o ex-casal Angelina Jolie e Brad Pitt), assim como outras pessoas não tão conhecidas mas com posses financeiras, porque o processo de adoção é muito mais dispendioso.

Este é um tema interessante e sensível porque, normalmente, a premissa deste tipo de adoção é proporcionar melhores condições de vida a bebés/crianças de países em vias de desenvolvimento ou em guerra. A vontade de querer dar uma família a esses bebés/crianças que vivem em lugares onde a sobrevivência se sobrepõe ao amor, é enorme! Há pessoas, como o caso de Marjorie, que ficam tão sensibilizadas com esta situação que movem montanhas para conseguir ajudar uma criança, pelo menos.

De facto, o testemunho dado na primeira pessoa por esta jornalista é comovente. Foi a primeira mulher solteira no país a adotar uma criança, porque na altura a lei só permitia a adoção a pessoas casadas. Ela conseguiu mudar mentalidades e mudar a lei! Bravo 👏😊.

Enquanto lia o livro, também foi crescendo em mim a vontade de adotar uma criança, mas apercebi-me que não estou tão bem preparada emocionalmente como Marjorie para os desafios que isso acarreta. Essas crianças trazem muita "bagagem emocional", muitos traumas que temos de aprender a desvendar e lidar; e nem toda a gente tem essa capacidade.

É um livro que recomendo, sobretudo àqueles que estão a pensar em adotar.

Referências

📌 Artigo original do Jornal "The New York Times" «Needed: more than love and patience; They Came To Stay» publicado a 29 de fevereiro de 1976.

📌 Artigo do CBS News «Incredible Story Of Marjorie Margolies' Journey To Become A Mother» publicado a 3 de maio de 2022.

📌 Artigo no site Today.Com «The first single US woman to adopt internationally shares her inspiring story» publicado a 15 de março de 2022.

📌 Marjorie Margolies na Wikipedia e Site Women's Campaign International

📌 Adoção e Apadrinhamento Civil em Portugal - Site da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens [Portugal]

📌 Ruth Gruber na Wikipedia.

Desafio Literário

O livro não faz parte de nenhum desafio literário.

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Revista SOMOS LIVROS - Bertrand

 

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Nestas bibliotecas não se alugam livros — alugam-se pessoas

 

A ideia partiu do Human Library Project, uma plataforma educativa sem fins lucrativos que permite que as pessoas “aluguem” outras pessoas em vez de livros. Cada “livro humano” desta biblioteca representa um grupo que enfrenta preconceitos ou estigmas devido ao seu estilo de vida, etnia, crenças ou deficiências. Um livro humano pode ser um alcoólico, um muçulmano, um sem-abrigo.

O projeto foi criado há 21 anos por Ronni Abergel, um dinamarquês ativista pelos direitos humanos, também jornalista, que se interessou pelo ativismo não-violento após um amigo problemático ter sobrevivido a um esfaqueamento em Copenhaga. Abergel nasceu e cresceu na Dinamarca, mas viveu nos EUA como estudante de intercâmbio.

Chegados ao século XXI, Ronni Abergel, o seu irmão Dany Abergel e alguns colegas desenvolveram então o projeto desta biblioteca humana para um festival na Dinamarca. A ideia era que seres humanos fossem os “livros” que outras pessoas poderiam “consultar” por um período determinado. Durante esse tempo, o “leitor” poderia perguntar ao “livro” o que quisesse.

Poderia uma biblioteca humana unir as pessoas como uma velha biblioteca tradicional? Essa era a resposta que procurava. O primeiro evento decorreu durante oito horas por dia ao longo de quatro dias e contou com 50 pessoas disponíveis para “leitura”. Agora, a Human Library é um fenómeno internacional com eventos regulares em todos os continentes.

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Europa-América regressa ao mercado pela mão da EA/CZ Editora

O Observador adianta esta notícia 👉 A Publicações Europa-América, uma das mais antigas editoras portuguesas, está de volta ao mercado editorial, depois de ter declarado insolvência em 2019. A chancela foi comprada por um novo grupo editorial independente, a EA/CZ Editora, avança um comunicado enviado esta quarta-feira às redações.

A Europa-América pretende agora posicionar-se como uma referência na publicação de ficção literária contemporânea, de autores ainda não publicados em Portugal. Eu matei um cão na Roménia, da escritora peruana Claudia Ulloa Donoso (tradução de Artur Guerra e Cristina Rodriguez), é o primeiro livro publicado pela nova vida da editora e chega esta quarta-feira às livrarias. O regresso ao mercado português e internacional acontece com uma nova imagem e um novo logótipo, que já é visível no site da Europa-América e na capa do primeiro título divulgado.

Compar livro

Até ao final de 2024, a editora planeia publicar 12 livros. O objetivo passa pela “publicação regular de novos títulos e ainda a ampliar o alcance e diversidade da literatura nacional, com a publicação de autores portugueses”.

# 28 | Imagem com som 🎵

A ouvir "Truly Maddly Deeply" 🎧 - Savage Garden

#27

Inspiração para cantinho da leitura e cantinho da música. 

6 livrarias infantis a descobrir

Na revista Visão Júnior podemos ler este artigo para conhecer alguns espaços dedicados aos mais pequenos no comércio tradicional. 👧👦📚 Livros, exposições, oficinas, contos e até fantoches. Entrar nestas livrarias é descobrir um mundo mágico!

It’s a Book (Lisboa)

Baobá (Lisboa)

Gatafunho (Oeiras)

Papa-livros (Porto)

Salta-folhinhas (Porto)

Faz de Conto (Coimbra)

Gigões e Anantes (Aveiro)

(Clicar nas imagens para entrar no site de cada livraria)

"Toda a luz que não podemos ver" (Minissérie) - Netflix

 

Acabei de ver esta minissérie e ainda estou arrepiada! Mais uma vez a temática faz o meu género. Tem atores muito bons que fazem parte do elenco e são conhecidos pelo público em geral. Mas nunca tinha visto uma atriz cega como personagem principal, e pelos vistos Aria Mia Loberti e Nell Sutton também não - ambas interpretaram Marie-Laure LeBlanc 😍.

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A onda de entusiasmo é palpável em relação a esta minissérie que é a mais recente aposta da Netflix, tendo chegado ao catálogo da plataforma dia 2 de novembro – e desde a sua estreia que não se fala de outra coisa, tendo até conquistado a liderança do top diário do serviço de streaming em 67 países, incluindo Portugal.

"Toda a luz que não podemos ver" foi adaptada do romance de Anthony Doerr, vencedor de um Pulitzer, realizada por Shawn Levy e com argumento de Steven Knight. E só tem quatro episódios. »»Ler artigo completo aqui na MAGG«« 

Capa do livro publicado em Portugal