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AS MINHAS LEITURAS: "A Câmara" de John Grisham
Livros com gipsofila
Ficha do Livro
Autor: John Grisham
Título Original: The Chamber
Edições: Seleções do Reader's Digest
Nº de Págs.: 192
Coleção: Livros Condensados
Ano de Edição: 1994
Classificação: Romance
Sinopse: Para Sam Cayhall, o tempo de espera está quase terminado. Durante nove anos e meio aguardou no corredor dos condenados à morte, enquanto os seus advogados tentavam todos os subterfúgios legais para adiar a sua execução na câmara de gás do Mississípi County. Agora, o prazo de Sam expirou. O seu último recurso foi indeferido e a data da execução marcada. E Sam está preparado. Está farto de lutar, farto da prisão, farto de uma vida que se sente aliviado por abandonar. Mas ainda não é já, porque Sam está prestes a conhecer Adam Hall, um jovem advogado impetuoso decidido a empreender um derradeiro esforço para o salvar da câmara de gás.
Comentário
"A Câmara" é o primeiro livro que leio deste autor norte-americano, considerado um mestre do thriller jurídico e o sexto escritor mais lido nos EUA. Desde 1989 que John Grisham é um escritor bastante ativo, conseguindo criar personagens e enredos interessantes devido, em parte, ao seu talento, mas também à sua experiência como advogado.
Neste livro em questão carrega-se nas feridas da América: a discriminação racial e a condenação à morte. Consequentemente vêm outros temas à baila como a depressão, o suicídio, a negligência parental, a bagagem emocional... o perdão... o valor da vida. São temas ótimos para refletir e discutir ao nível da ética.
John Grisham não se tornou num dos meus autores favoritos, mas está perto.
As suas histórias são tão boas que facilmente aparecem no cinema ou TV. Com certeza já todos vimos alguns desses filmes.
Partilho um excerto com a contextualização da história, ou melhor, o motivo do crime:
"O primeiro processo de direitos civis intentado em 1965 pela firma de advogados Marvin B. Kramer e Associados acusava as autoridades locais de uma série de práticas eleitorais discriminatórias. Foi cabeçalho de primeira página em todos os jornais do estado, que publicaram a fotografia de Marvin. E o seu nome foi incluído numa lista de judeus que o Klan se propunha intimidar. Um judeu radical que apoiava e representava os negros não seria tolerado no delta do Mississípi. | Mais tarde, circulavam rumores de que o advogado Kramer pagava do seu bolso a fiança de militantes dos direitos civis, que dera dinheiro para a reconstrução de uma igreja de negros que havia sido destruída à bomba pelo Klan, que recebia negros na sua própria casa, que fazia parte de grupos que exerciam pressão sobre os judeus do Norte para tomarem parte ativa na luta. O advogado Kramer avançava a passos largos para a sua perdição."