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WOOKACONTECE: do talentoso Mr. Ripley ao elegante Conde Rostov: livros que deram filmes


No blogue literário da WOOK podemos ler este artigo sobre os livros que originam filmes e chamam novos leitores, que neles descobrem muito mais do que aquilo que uma adaptação aos ecrãs, por fantástica que seja, consegue mostrar. Porque quando lemos criamos uma sessão que é só nossa, damos corpo às personagens da forma que mais gostamos, prolongamos as cenas que mais nos tocam, tornamo-nos amigos ou confidentes do narrador, … Mas como é bom ver aquelas histórias que conviveram connosco ganharem vida no corpo e na voz de atores, em enquadramentos que nos dão novas perspetivas, em cenários que nos fazem querer viajar!
Por isso, descubra connosco histórias que passaram – tão bem – das páginas para os ecrãs. Estas são algumas das melhores, dentro de vários géneros, que estrearam recentemente.



Provavelmente já terá visto o filme, mas agora há toda uma série baseada neste fantástico thriller centrado em Tom Ripley, o anti-herói que tenta estar sempre um passo à frente dos seus credores e da lei. Um convite para uma viagem à Europa parece uma oportunidade de recomeçar, mas nem sempre as coisas correm como esperado. Ripley ambiciona ter dinheiro, sucesso e uma boa vida, e quando a sua nova felicidade é ameaçada, ele mostra-se capaz de tudo, até de matar, com uma frieza e um calculismo que, no mínimo, arrepiam.
Na nova série, Andrew Scott interpreta o Ripley na adaptação em oito partes de O Talentoso Sr. Ripley (o primeiro volume de uma série de romances conhecidos como Ripliad). A autora, a genial Patricia Highsmith, consegue fazer-nos sentir que estamos dentro da cabeça de um sociopata. De tal forma constrói bem a personagem de Ripley, que o leitor dá por si a torcer por ele, esperando que saia ileso.

Data estreia/Plataforma: Já disponível (Netflix)




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Com este nome, percebe-se logo que há uma história por detrás desta. Se não viu a série na TV, está com sorte, porque pode entrar neste mundo romântico pelos livros!
A jovem Penelope Featherington sofre de amores pelo esbelto e cobiçado Colin Bridgerton há não um, nem dois, mas sim dez anos! Os seus dias passam num enfado, animados apenas pela paixão que guarda para si. Ela, que pensava saber tudo sobre Colin, nem desconfia o que a sorte lhe reserva. Ele, farto de ser julgado como mulherengo fútil e de estar longe de casa, no estrangeiro, decide regressar a Londres. Não contava era ficar com a cabeça à roda por causa de Penelope, que decide tomar a vida pelas rédeas. E já era sem tempo, dizemos nós.
Agora na terceira temporada, a série televisiva Bridgerton acompanha as aventuras de oito irmãos, membros de uma família aristocrata inglesa, na sua busca por amor. As duas temporadas iniciais adaptaram os livros O Duque e Eu e O Visconde que Me Amava, leituras capazes de provocar ainda mais sensações do que as séries televisivas.

Data estreia/Plataforma: 16 de maio (Netflix)




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Os mundos Young Adult dos romances de John Green tendem para o dramático, em modo expansivo, com grandes oscilações, emoções, mistérios e sonhos. Em Mil Vezes Adeus, assim é: Aza, uma jovem de 16 anos, esforça-se por viver cada dia o melhor que consegue, apesar de sofrer de transtorno obssessivo compulsivo, e acabar por não fazer tudo o que gostaria, por pensar demasiado nas coisas. Mas acaba por se ver envolvida numa investigação sobre o desaparecimento de um bilionário, com a sua amiga Daisy. E, quando se apaixona, é muito graças à amizade, mas também à sua determinação, que vai fazer tudo para não desistir de coisas tão simples como beijar alguém sem recear os milhões de micróbios que poderia apanhar. Parece cómico, mas é serio, tão sério como as outras histórias de John Green que já encantaram multidões: A Culpa É Das Estrelas (adaptado a filme) e À Procura de Alaska (adaptado a minisérie de TV). Pronto para verter uma lágrima? Vá, agarre já no livro!

Data estreia/Plataforma: Já disponível (HBO Max)




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Por causa de um poema, um tribunal bolchevique condena o conde Aleksandr Rostov a prisão domiciliária por tempo indeterminado, no sumptuoso Hotel Metropol. O ano de 1922 é um bom ponto de partida para uma epopeia russa, vivida a partir do átrio de um grande hotel que, com os seus costumes e rotinas, é um mundo em si mesmo. Despejado da sua luxuosa suíte, o conde é confinado a um quarto no sótão, de onde observa a dramática transformação da Rússia, que se reflete também no microcosmos do hotel – os seus magníficos salões de baile são agora pisados pelas pesadas botas dos camaradas proletários. O conde, astuto e apaixonado pela beleza, consegue sobreviver graças às amizades que vai construindo no hotel. Como o tempo que nos apresenta, este livro é uma obra épica e de escrita apaixonada e elegante.
A série, atrevemo-nos a dizer, faz juz ao livro, a começar pela escolha do ator que se transfigura na personagem de Aleksandr, Ewan MacGregor. Neste caso, poderemos concordar que livro e ecrã se complementam magistralmente.

Data estreia/Plataforma: Já disponível (Netflix)