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AS MINHAS LEITURAS: "Caterina" de Sveva Casati Modignani

 

Livros com gipsofila

Ficha do Livro

Autor: Sveva Casati Modignani
Título Original: Caterina a modo suo
Edições: Porto Editora
Nº de Págs.: 494
Ano de Edição: 2023
Classificação: Romance
Sinopse: Chegada à maturidade, a escritora Caterina Belgrado soma uma existência vivida à sua maneira: a beleza, os afetos, o sucesso. Mas nada disso lhe garantiu a felicidade. Filha de um comerciante, vendedor de fruta com uma loja no centro de Milão, Caterina, uma luminosa adolescente do pós-guerra, teve marido, depois companheiro e três filhos. Mas também passou por muitas privações e alguma fome. Agora sexagenária e numa fase da vida mais tranquila, Caterina apoia-se nas amigas de sempre, Diana e Lucrécia, sem nunca esquecer Marco, um amor de juventude com quem viveu dias memoráveis. Mas nas voltas da vida o destino reserva-lhe uma grande surpresa.


Comentário
Mais um livro de Sveva que não desilude mesmo que a história seja pura ficção (tal como a própria advertiu). Contudo, o cenário da Segunda Guerra Mundial é prolífero em histórias reais ou inspiradas; por isso é normal a autora usar tantas vezes esta referência como pano de fundo para as suas personagens - eu faria o mesmo se fosse escritora porque adoro esse momento da história.
O estilo de escrita mantém-se o mesmo, fluído e dinâmico, e vamos conhecendo as personagens conforme os saltos temporais - sim, porque Sveva recorre à analepse com frequência.
A personagem principal é Caterina, que dá título ao livro, mas também conhecemos outras mulheres que tiveram um papel importante na vida de Caterina, como a sua mãe, as duas avós e as duas amigas. A experiência da guerra foi marcante para todas e isso nota-se nas suas personalidades e decisões. Para Caterina o mais importante é perceber quais são as questões por resolver, agora com 60 anos de idade, e curar os traumas.
Eu gostei e recomendo a sua leitura! ❤


Referências
📌 Lançamento do livro em Portugal pela Porto Editora.
 


Desafio Literário:
📚 Mant'Anual 2024 na categoria «Um livro oferecido por um amigo ou familiar».


AS MINHAS LEITURAS: "Splaaash" de Francisco Salgueiro

Livros com gipsogila


Ficha do Livro

Autor: Francisco Salgueiro
Edições: Oficina do Livro
Nº de Págs.: 280
Ano de Edição: 2005
Classificação: Romance
Sinopse: «Qual a ligação entre festas na Mansão Playboy, avalanches na Serra Nevada, a queda do vaivém Columbia, um atentado contra o príncipe William e um knock-out num concerto da Madonna? Francisco vive em Hollywood e é amigo do George Clooney e do Ben Affleck. Num avião rumo a Lisboa a sua vida vai mudar para sempre. No meio duma tempestade TRÁSSSSS... TRUMMMM... conhece Maria. Juntos vão descobrir o estranho elo entre estes acontecimentos. que estão relacionados com revelações surpreendentes sobre as estrelas de Hollywood.»


Comentário:
Foi o primeiro livro que li deste autor e não me agradou. Não faz o meu estilo. A sinopse também não está muito bem conseguida, dando a ilusão de que há "revelações surpreendentes sobre as estrelas de Hollywood" - o que não acontece.
A história em si é sobre o encontro casual entre um Francisco e uma Maria numa viagem de avião para Lisboa, o evento que entretanto ocorreu marcou-os de tal forma que não conseguiram deixar de pensar um no outro... e por coincidência voltam a reencontrar-se em Espanha, na Sierra Nevada. Este contexto poderia levar a algo parecido como «A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista» de Jennifer E. Smith, mas o autor não é lá muito romântico 😒. A inspiração vem mais do filme "Speed - Perigo a alta velocidade", tirando proveito das relações entre pessoas que experienciam eventos traumáticos, como acontece com as personagens principais desse filme Jack e Annie.
Pessoalmente, não achei brilhante a trama, o enredo, a história. Se bem que há momentos "cómicos", mas tudo parece uma mescla de azares e coincidências... um filme.
A referência a pessoas famosas parece um simples chamariz.
O uso constante de onomatopeias é cansativo... a experiência de leitura é semelhante a um projetor de slides ou a uma banda desenhada sem a banda desenhada...
Faz-me lembrar um livro da Margarida Rebelo Pinto "I'm in love with a pop star" 😒

Não há infos sobre este livro em lado nenhum.


Referências
📌 Site oficial do autor.



Desafio Literário:
📚 Lê Português 2024 na categoria «Ação decorre maioritariamente fora de Portugal»



Revista WOOKACONTECE, edição especial 25 de abril, já saiu!



É 25 de Abril! Há 50 anos, Portugal abria as páginas da liberdade. A Revolução dos Cravos trouxe de volta Sérgio Godinho, pôs fim à censura e devolveu a voz e a palavra aos portugueses. É com alegria que lhe dedicamos a edição de abril da revista wookacontece.


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A revista wookacontece é um projeto editorial da WOOK, a maior livraria online portuguesa. Surge como prolongamento do blogue literário homónimo e leva aos ombros a tarefa de informar, difundir, entreter e inspirar todos aqueles que gostam de ler.
Nas páginas convivem em harmonia novidades literárias e clássicos incontornáveis, entrevistas exclusivas com autores, sugestões de leitura, dicas úteis sobre livros e humor. A história por detrás das histórias, este amor visceral aos livros
A wookacontece é uma revista de cariz literário, não está vinculada a qualquer orientação ideológica, política, religiosa ou outra e tem como objetivo a divulgação da literatura no sentido lato do termo.
Está disponível em formato físico (papel) e digital – a versão PDF do último número já está disponível aqui, para ler em qualquer lugar.


Antes do 25 de Abril, estes 35 livros não chegariam às mãos dos leitores


A FNAC desafiou um conjunto de personalidades proeminentes da esfera cultural a formar um conselho editorial e a indicar uma seleção de livros relevantes dos dias de hoje que, há 50 anos, teriam certamente sido proibidos.
A iniciativa visa celebrar o Dia Mundial do Livro e os 50 anos do 25 de Abril, e pretende ainda estimular o debate sobre o valor da liberdade de pensamento, escrita e expressão.
O conselho editorial é composto pelo escritor e jornalista João Céu e Silva, o escritor Richard Zimler, o editor e escritor Rui Couceiro, a ex-jornalista Teresa Nicolau, o escritor Valter Hugo Mãe e o editor Zeferino Coelho, todos eles personalidades das letras, reconhecidos pelo seu compromisso com a Cultura e liberdade de expressão. Da lista de livros fazem parte mais de 35 títulos onde se incluem autores como António Lobo Antunes, Dulce Maria Cardoso, José Saramago, Miguel Esteves Cardoso, Mia Couto, Frederico Lourenço, Margaret Atwood, Maria Filomena Mónica, Maria Teresa Horta, entre muitos outros, cujas obras não teriam chegado às mãos dos leitores há 50 anos.

Para conhecer a lista dos livros escolhidos pelo conselho editorial clicar aqui.


📚🍀

 

50 ANOS DO 25 DE ABRIL: 50 COISAS QUE PRECISAS DE SABER!


Mural no Porto: "O Fiscal é PIDE. Expulssemo-lo"

Em 2024, comemoramos o 50.º aniversário de um dia muito especial na História de Portugal, o 25 de Abril de 1974, também conhecido como a Revolução dos Cravos. Para o assinalarmos, escolhemos 50 factos que precisas mesmo de saber sobre este dia para perceberes como ele foi, e continua a ser, tão importante para o nosso país.

O 25 DE ABRIL EM 10 FACTOS

  1. Portugal viveu a ditadura mais longa da História da Europa. 
    O Golpe Militar de 1926 deu início a uma ditadura* militar, que depois culminou no regime ditatorial do Estado Novo, em 1933. Os portugueses viveram 48 (longos) anos sem liberdade! 

    Nota: *No livro É Assim a Ditadura, podes ler: «A ditadura é como um ditado: um senhor diz o que se tem de fazer e todos o fazem. Só porque sim. Todos lhe obedecem porque o temem. E todos os que não o temem são castigados por ele.»

     
  2. Antes do 25 de Abril, não existia liberdade de expressão.
    Era habitual dizer-se que as paredes tinham ouvidos, pois por todo o lado existiam membros da PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado) à escuta, prontos para prender e castigar todos aqueles que se mostrassem insatisfeitos com o regime.

     
  3. Os livros eram considerados objetos perigosos.
    Outra função da PIDE era censurar, isto é, cortar, alterar, ou até mesmo proibir a circulação de livros que expressassem ideias contrárias às da ditadura. Ser apanhado a ler um destes livros proibidos era motivo suficiente para ir parar à cadeia.

     
  4. Os rapazes e as raparigas frequentavam escolas diferentes. 
    Quer em escolas só para rapazes, só para raparigas ou em escolas mistas com salas e recreios separados, os rapazes e raparigas não se misturavam, nem sequer nos corredores! Não é estranho imaginares isso?

     
  5. Era proibido beber Coca-Cola.
    Parece absurdo, mas não era sequer vendida em Portugal. Algumas pessoas contam que chegavam a viajar até à fronteira com Espanha só para poderem beber uma Coca-Cola fresquinha!

     
  6. Não podias votar.
    Mais grave do que a proibição da Coca-Cola, era a impossibilidade de escolheres livremente quem governava o país. Não havia eleições ou, quando as havia,eram falsificadas. Por isso, é tão importante que exerças o teu direito ao voto quando atingires a maioridade: muitas pessoas lutaram para que o tivesses! 

     
  7. O mapa de Portugal estendia-se até à Ásia.
    Nesta altura, Portugal detinha poder sobre várias colónias (por outras palavras, territórios governados pelo Estado português fora das suas fronteiras), como Angola, Moçambique, Macau ou Timor-Leste. 

     
  8. Uma guerra forçou milhares de portugueses a combater em África.
    Quando as colónias africanas começaram a exigir independência, deu-se início a uma guerra, conhecida como Guerra Colonial, que durou 13 anos (de 1961 a 1974). Custou a vida a mais de oito mil portugueses e um número indeterminado de africanos. 

     
  9. O 25 de Abril poderia ter sido o 16 de Março.
    A verdade é que esta não foi a primeira data pensada para um golpe. Houve uma primeira tentativa a 16 de março de 1974, mas a operação falhou e os envolvidos foram presos. 

     
  10. A Revolução foi feita para ti.
    Embora 1974 possa parecer uma data muito distante, uma vez que ainda não tinhas nascido, a verdade é que este dia foi feito a pensar em ti e em todos aqueles que viriam depois de ti. Por isso, é tão importante que o celebres.

 O 25 DE ABRIL EM 10 MÚSICAS

Na década de 70, foram muitos os artistas que arriscaram as suas vidas a compor e interpretar canções que criticavam a ditadura. Nesta playlist, encontram-se algumas das mais emblemáticas, a começar pelas duas que serviram de senhas na rádio para o Movimento das Forças Armadas.

  1. E Depois Do Adeus, de Paulo de Carvalho
  2. Grândola, Vila Morena, de Zeca Afonso
  3. Pedra Filosofal, de Manuel Freire
  4. Portugal Ressuscitado, de Fernando Tordo
  5. A Cantiga É Uma Arma, de José Mário Branco
  6. Somos Livres, de Ermelinda Duarte
  7. Liberdade, de Sérgio Godinho 
  8. Uns Vão Bem E Outros Mal, de Fausto
  9. Portugal, Portugal, de Jorge Palma
  10. Tanto Mar, de Chico Buarque

O 25 DE ABRIL EM 10 LUGARES

  1. Largo do Carmo, Lisboa
    O local que marcou o triunfo da Revolução, na madrugada de 25 de Abril de 1974.

     
  2. Terreiro do Paço, Lisboa
    Um dos sítios mais simbólicos da Revolução, onde se comemora anualmente a liberdade. 

     
  3. Memorial ao 25 de Abril, Grândola
    Numa das entradas da «Vila Morena», sobre a qual cantava José Afonso, podes visitar um Memorial ao 25 de Abril, com a pauta musical de Grândola, Vila Morena

     
  4. Ponte 25 de Abril, Lisboa
    Antes da Revolução, chamava-se Ponte Salazar, agora é um símbolo da liberdade. 

     
  5. Avenida da Liberdade, Lisboa 
    Todos os anos, milhares de pessoas descem a Avenida da Liberdade no dia 25 de Abril, de cravo na mão.

     
  6. Parque Eduardo VII, Lisboa 
    No mesmo parque onde decorre anualmente a Feira do Livro de Lisboa, podes encontrar um monumento ao 25 de Abril, do escultor José Cutileiro. 

     
  7. Museu de Aljube — Resistência e Liberdade 
    A antiga Cadeia do Aljube é, desde 2015, um museu dedicado à memória do combate à ditadura e à luta pela liberdade. Tem entrada livre todos os domingos e feriados até às 14 horas para residentes no concelho de Lisboa.

     
  8. Assembleia da República, Lisboa 
    A morada oficial da democracia portuguesa.

     
  9. Museu Nacional Resistência e Liberdade, Peniche
    Na Fortaleza de Peniche, onde vários opositores da ditadura estiveram presos, foi inaugurado, em 2017, o Museu Nacional Resistência e Liberdade. O acesso é gratuito, mas encontra-se temporariamente encerrado para obras. 

     
  10. Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, Lisboa
    Se quiseres ver em pessoa os famosos cartazes que a pintora Maria Helena Vieira da Silva pintou em homenagem ao 25 de Abril, podes encontrá-los neste museu. A entrada é gratuita todos os domingos, para residentes em Portugal.


»» Ler Artigo Completo do Blogue Somos Livros da Editora Bertrand aqui ««

🍀📚


#DizAbrilComUmaImagem


50 anos de Democracia!
50 anos de Liberdade!
Abril Sempre!



 

WOOK devolve 100% do valor


 Desta vez vou aproveitar a campanha promocional da WOOK.

Partilho na foto abaixo a encomenda que me chegou a casa. É tão bom comprar livros 📚, sobretudo para completar coleções. 😃

Juntamente com os livros, recebi a revista wookacontece e um marcador de livros. 🥰


© Livros com gipsofila 




AS MINHAS LEITURAS: "Conto de Verão" de Claudia Galhós

 

Livros com gipsofila

Ficha do Livro

Autor: Claudia Galhós
Edições: Oficina do Livro
Nº de Págs.: 216
Ano de Edição: 2002
Classificação: Romance
Sinopse: Conto de Verão move-se pelas paisagens de Setúbal e da Arrábida, e é uma "fábula contemporânea" que junta realidade e fantasia, entre o fechar e o abrir de olhos de Winnie, personagem de "Os Dias Felizes" de Samuel Beckett, que pontua o início e o final do livro. É como se de um sonho se tratasse, mas ao mesmo tempo é muito realista, é violento, é triste, é comovente. É tudo o que a vida é. Mesmo sendo uma "história de imensa felicidade" aquela que Vanessa, personagem principal do romance, quer contar.



Comentário:
Esta foi a primeira obra que me fez contactar com Claudia Galhós. Gostei do estilo de escrita, parece poesia misturada em prosa; e durante a leitura senti-me envolvida, ao mesmo tempo,  num bailado e numa peça de teatro - uma experiência incomum para simples leitores.
Nesta obra fala-se de famílias disfuncionais (onde existe a manipulação, pedofilia, abusos, violação) que geram, consequentemente, jovens traumatizados. Cada personagem lida com a sua própria dor de formas diferentes. No fundo, procura-se ser feliz.
Há uma cena que me faz recordar o livro "Anatomia de um Escândalo" de Sarah Vaughan.
Há uma personagem secundária que é livreiro e tenta, curiosamente, prescrever livros adequados a cada cliente tal e qual como numa farmácia (lembrei-me imediatamente da bula literária semanal da newsletter da Bertrand) mas nem sempre corre bem 😄
No geral, o enredo está muito bem construído, assim como os cenários e as personagens.
Recomendo a sua leitura!


Críticas ao livro:
"Mais à vontade no registo onírico, Claudia Galhós opta, em Conto de Verão, por misturar géneros, planos de realidade e irrealidade, narrador e personagens, tudo pontuado por raros, embora eficazes, momentos de humor. Trilhando um caminho pouco habitual na prosa portuguesa, Claudia Galhós confirma neste segundo romance possuir uma escrita muito própria."
Jornal Expresso

"Claudia escreve como quem dança. Com ritmo, movimento, sensualidade. Com uma estrutura livre, em que as personagens se desenvolvem em espaçadas introspeções."
Jornal de Letras

"O livro soa a poema pronto a ser musicado ou diário recheado de pensamentos soltos, ideias que se cruzam e separam para voltarem a encontrar-se adiante. E, afinal, é pura ficção."
A Capital



Referências
📌 Facebook oficial da autora Claudia Galhós.
📌 Últimos artigos publicados no Jornal Expresso escritos pela autora.
📌 Entrevista no programa Entre Nós nos Arquivos RTP [2003].
📌 Infos sobre o Movimento Squatter.
📌 Ver a Pedra da Anicha em Setúbal.



Desafio Literário:
📚 Lê Português 2024 na categoria «Livro escolhido pela capa»
📚 Mant'Anual 2024 na categoria «Livro com uma capa ilustrada», por sinal é a Natureza morta: jarra com doze girassóis de Vincent Van Gogh (1888).


Estrasburgo é a Capital Mundial do Livro em 2024

 


Estrasburgo é a Capital Mundial do Livro em 2024, anunciou a UNESCO, salientando o facto de aquela cidade francesa usar o livro como meio para enfrentar os desafios da coesão social e das alterações climáticas. “Em tempos incertos, muitos recorrem aos livros como refúgio e fonte de sonhos. De facto, os livros têm essa dupla capacidade única de nos entreter e de nos instruir. É por isso que devemos assegurar o acesso de todos ao conhecimento e à reflexão por meio do livro e da leitura”, afirmou a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, citada num comunicado divulgado por aquela instituição, salientando ser esse o propósito da designação anual da Capital Mundial do Livro.

As comemorações da Capital Mundial do Livro 2024 iniciam-se a 23 de abril, Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. As cidades designadas Capital Mundial do Livro pela UNESCO comprometem-se a promover livros e leitura e a organizar atividades ao longo do ano.



»» Ler notícia completa aqui  na Rádio Renascença ««


📚


Dia Mundial do Livro | 23 Abril 2024

 


O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de abril. No ano em que se assinalam os 500 anos do nascimento de Camões, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas homenageia o poeta através do seu cartaz comemorativo do Dia Mundial do Livro 2024.
Luís de Camões foi uma figura singular no universo das letras portuguesas e um dos poetas mais proeminentes da literatura mundial. Esta comemoração não reverencia apenas o legado literário do poeta, mas também pretende destacar a vastidão do seu conhecimento e a influência duradoura que exerce sobre as culturas de língua portuguesa em todo o mundo.
Convidam-se as Bibliotecas Municipais e as livrarias a darem igualmente destaque ao quinto centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões.
Conheça também a exposição dedicada aos vencedores do Prémio Camões, igualmente da autoria de Luís Mendonça e que segue o design do cartaz do Dia Mundial do Livro.
O Prémio Camões foi instituído em 1988 pelos estados português e brasileiro, com vista a estreitar os laços culturais entre os vários países lusófonos e enriquecer o património literário e cultural da língua portuguesa.

Visita à Biblio Felgueiras 📚 2024



Que rico fim-de-semana! Este ano visitámos a Biblio Felgueiras dois dias, sábado e domingo 😀 Compramos livros para a mãe, para o pai e para o mais piqueno. Assistimos ao teatro infantil "Salada de Fruta" organizado pelo grupo Jangada Teatro e às horas do conto pelo grupo Piratinha dos Sons. Adoro dias assim passados entre livros e palavras e histórias 💓


© Livros com gipsofila



© Câmara Municipal de Felgueiras

© Câmara Municipal de Felgueiras



AS MINHAS LEITURAS: Trilogia "Segredo de Estado" de Juliette Benzoni

Livros com gipsofila

Trilogia "Segredo de Estado"

Livro 1 - O Quarto da Rainha
Autor: Juliette Benzoni
Título Original: Secret d'État: Dans la chambre de la reine
Edições: Bertrand
Nº de Págs.: 275
Coleção: Grandes Romances
Ano de Edição: 1999
Classificação: Romance
Sinopse: Em 1626 Sylvie foi encontrada aos quatro anos no meio da floresta, vestida com uma camisa manchada de sangue e agarrando uma boneca contra o peito. A sua família acabara de ser assassinada, possivelmente às ordens do cardeal Richelieu, com o intuito de recuperar umas cartas comprometedoras. Levada para Paris por um dos netos do rei Henrique IV, o príncipe François, a menina cresce no seio da Corte, protegida pelos Vêndome, e aos quinze anos torna-se uma das aias da rainha Ana de Áustria, mulher de Luís XIII. Sem querer, Sylvie irá partilhar o perigoso segredo do nascimento do futuro Luís XIV, e enfrentar forças poderosas como o rei Luís XIII, o sinistro e tenebroso cardeal Richelieu, mas também o sádico assassino da sua mãe.

Livro 2 - O Rei do Mercado
Autor: Juliette Benzoni
Título Original: Secret d'État: Le Roi des Halles
Edições: Bertrand
Nº de Págs.: 301
Coleção: Grandes Romances
Ano de Edição: 1999
Classificação: Romance
Sinopse: Este é o segundo livro da triologia "Segredo de Estado", e conduz-nos ao apogeu de Mazarin após a morte de Richelieu. Sylvie de Valaines vai ser forçada pelo Cardeal Richelieu, a desposar o vil e infame La Ferrière que, na noite de núpcias lha entrega. Destroçada, consegue escapar e François leva-a para um esconderijo e espalha o rumor da sua morte. Sylvie terá um longo e difícil caminho a percorrer, até encontrar o seu lugar enquanto François só pensa no ódio que nutre por Mazarin, ódio que fará dele um dos chefes de Fronde, aquele que o povo em delírio chamará "O Rei do Mercado".

Livro 3 - O Prisioneiro da Máscara de Veludo
Autor: Juliette Benzoni
Título Original: Secret d'État: Le prisonnier masqué
Edições: Bertrand
Nº de Págs.: 350
Coleção: Grandes Romances
Ano de Edição: 1999
Classificação: Romance
Sinopse: Depois da morte do marido — morto em duelo por François de Beaufort — Sylvie, duquesa de Fontsomme, retirou-se para as suas terras para aí educar a sua filha Marie e o pequeno Philippe, cujo nascimento está envolto num segredo que ela preserva cuidadosamente. O jovem rei Luís XIV ordena-lhe que reintegre a Corte em Saint-Jean-de-Luz, onde se realizará o casamento com a Infanta Maria Teresa: Sylvie deve juntar-se às damas da nova rainha.É no decurso das festas do casamento real que Sylvie vai ter oportunidade de livrar de um grande sarilho um mosqueteiro apaixonado, mas pobre, o que lhe valerá a estima e a amizade do tenente d’Artagnan.
O peso dos segredos de Estado faz-se sentir. Para uma mulher profundamente atingida pelo infortúnio, será que o derradeiro dos segredos trará ainda uma esperança de felicidade?


Comentário
Nesta trilogia estamos na corte francesa do séc. XVII, nos reinados de Luís XIII e Luís XIV. Adoro a escrita de Juliette Benzoni, uma das minhas autoras favoritas, por causa do rigor histórico e dos enredos que ela própria cria, como por exemplo a relação entre Sylvie de Valaines e François, duque de Beaufort - personagens principais. Efetivamente o duque existiu mesmo, mas não se sabe muito sobre a sua vida pessoal, daí haver espaço para a ficção.
Juliette Benzoni é aclamada como a Rainha do Romance Histórico, precisamente porque faz um estudo intensivo sobre a época histórica que quer retratar, interagindo personagens reais com personagens ficcionadas, criando um enredo espetacular!
Recomendo a sua leitura!


Referências
📌 Consultar Árvore Genealógica da Família Real Francesa aqui.
📌 Ler artigo «Os Huguenotes e as guerras da religião em França» na Infopedia
📌 Imagens de alguns dos cenários escolhidos pela autora:

Palácio do Louvre

Prisão da Bastilha 

Palácio de Saint-Germain

Palácio de Fontainebleau


📌 Ver infos sobre o Cardeal Richelieu aqui.
📌 Ver mais infos sobre a Fronda aqui 👉 Fronda é uma designação atribuída à fação que, durante a menoridade de Luís XIV, se elevou contra o governo de Mazarino, tendo precipitado a guerra civil (1648-1653)
📌 Ver na Wikipedia infos sobre os mosqueteiros.
📌 Mais infos sobre D'Artagnan aqui.
📌 Ler artigo «As Mulheres e Amantes de Luis XIV» no site Executiva.
📌 Por curiosidade, no mesmo período histórico retratado, vivia-se em Portugal a Dinastia Filipina que seria derrubada em 1640. Ver mais infos em RTP Ensina.


 Desafio Literário:
📚 Bingo Profissão do Herói 2024 na categoria «Aristocrata».




O TikTok é uma afronta para a literatura portuguesa?


De acordo com um artigo publicado na última terça-feira na Publishers Weekly, no âmbito da Feira do Livro Infantil de Bolonha, as vendas de livros em língua inglesa estão a aumentar em toda a Europa. Este valor é corroborado pelo presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Pedro Sobral, que, baseando-se nos dados da consultora Gfk, especificou à agência Lusa que o livro importado (constituído quase exclusivamente por livros em inglês) representou 3% do valor de mercado, o que significa um crescimento de cerca de 25% face a 2022.

Segundo Pedro Sobral, o efeito TikTok é um dos principais impulsionadores do fenómeno – “porque traz e dá uma visibilidade muito grande aos títulos internacionais e muitas vezes até antes do seu lançamento”. O acesso direto online, potenciando a compra imediata após a descoberta do livro, tem também “um papel muito importante”. Outro fator a considerar é o preço, já que, por norma, os livros editados no Reino Unido ou Estados Unidos “têm tiragens infinitamente superiores, porque cobrem mercados internos gigantescos, mas também contam com este efeito de exportação para outros países”. Isto “cria uma enorme economia de escala, permitindo preços mais baixos e que, pela vastidão do mercado global que cobrem, são logo lançados em vários formatos, com preços diferentes, sempre significantemente mais baixos do que as edições portuguesas” – explica.
Além disso, o tempo que vai da edição original à edição portuguesa – que considera os tempos de tradução, revisão e distribuição – é o suficiente para que alguns leitores prefiram comprar o original, em vez de esperarem pela edição em português.
Apesar de reconhecer que é “muito positivo” haver em Portugal novas gerações com um tão absoluto domínio da língua inglesa, Pedro Sobral alertou para a possibilidade de o português estar perante “um desafio muito importante no seu futuro” e defendeu que a defesa da língua portuguesa deve ser prioridade, apoiando os escritores, editores e livreiros portugueses.
“Se naturalmente há que continuar a apostar no inglês quer na escola, quer no ensino superior, quer na existência de livros em inglês, também é verdade que é preciso criar políticas públicas de defesa e promoção da língua portuguesa, apoio aos escritores, editores e livreiros portugueses e, acima de tudo, ao livro em português”, defendeu.


👉 Para ler a notícia completa clicar aqui.


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