No blogue literário da Wook podemos ler este artigo com sugestão de cinco livros que podem ser uma grande inspiração para quem viaja até àquela que se acredita ser a antiga Atlântida:
Nada como o bom e confiável guia de viagem para que nada falhe. Nos Açores nem sempre há rede que nos possa salvar e, como tal, convém ter material analógico à mão, para que não corramos o risco de cometer loucuras.
Nos Açores, uma das principais preocupações é a manutenção do frágil equilíbrio entre o meio ambiente e a ação do homem. O arquipélago é um espaço único no mundo, com algumas paisagens que se pensa terem sobrevivido, por exemplo, à Idade do Gelo. Este livro destina-se precisamente a promover a cidadania ativa para a proteção ambiental.
A incerteza, a contemplação, o isolamento, mas também a vida agarrada pelos cabelos, as paixões ao rubro e a história a borbulhar nas páginas. Vitorino Nemésio fala-nos também de várias tradições açorianas e da vida de trabalho dos pescadores, num retrato da insularidade a que não temos acesso se não através de grandes livros como este.
A diáspora açoriana é aqui abordada por esta jornalista, vencedora do Prémio Pulitzer. E qual é a décima ilha? É precisamente todo o lugar onde existe uma comunidade açoriana de expatriados. Califórnia, Costa Leste, Canadá… a autora apercebe-se ao longo do seu relato que ser açoriano é muito mais um estado de espírito do que a pertença a um lugar.
Neste livro, Joel Neto conta-nos a história de uma criança desaparecida e de um homem que não sente os terramotos. Um mistério inexplicável, metáfora de tanta imaginação, que o acompanha vida fora. Com ecos do mito da Atlântida, a ideia do inescrutável e da ilha enquanto personagem perpassam ao longo de todo este romance, que nos chega com a mestria de um livro pronto a tornar-se um clássico.