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Capa da revista WOOKACONTECE nº12, edição de julho de 2024 |
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Capa da revista WOOKACONTECE nº12, edição de julho de 2024 |
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Livros com gipsofila |
Ficha do Livro
"-Há pessoas que são pela guerra. Neste país há muitos assim. E há outras pessoas que são contra ela.
-Mas os primeiros obrigam os segundos a fazê-la.
-E os que são contra a guerra? Poderiam acabar com ela?
-Isso não sei.
-Então é irremediável?
-Nada é irremediável. Mas às vezes perco a esperança. Procuro sempre ter esperança, mas às vezes não posso.
- Talvez a guerra acabe.
- Oxalá!"
{pág. 74 e 75}
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Livros com gipsofila |
Ficha do Livro
"Paris é imortal e as recordações das pessoas que lá vivem diferem de umas para as outras. Acabamos sempre por voltar, sejamos nós quem formos, ou mude Paris no que mudar, ou sejam quais forem as dificuldades ou as facilidades que, ao regressarmos, se nos deparem. Paris vale sempre a pena, pois somos sempre compensados de tudo o que lhe tivermos dado. Mas Paris era assim nos velhos tempos em que nós éramos muito pobres e muito felizes." {pág. 166}
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Ficha do Livro
"- Há centenas de menores no limbo, como a Anita, por não conseguirem encontrar os pais. De certeza que vai demorar uns anos para os identificar e juntar às suas famílias. Nalguns casos, pode ser impossível. Isto é um pesadelo.
- Sabendo que lhes podem tirar os filhos, não entendo como corre essa gente o risco de atravessar a fronteira - observou Frank.
Selena descreveu-lhe a situação de que fugiam. A maioria provinha da Guatemala, de El Salvador e das Honduras, o infame Triângulo Norte, uma das regiões mais perigosas do mundo, onde a pobreza mata lentamente, a violência doméstica mata as mulheres, os bandos de narcotraficantes e o crime organizado matam com violência, e os governos corruptos matam com impunidade. Não era de admirar que alguns refugiados preferissem não voltar a ver os filhos a recebê-los de volta, porque por alguma razão tinham fugido. Acreditavam que, por mais dura que fosse a burocracia americana, era melhor do que o terror nos seus países.
- Qual é a solução, Selena? Não dá para receber milhões de imigrantes e refugiados.
- A solução não é erguer muros e prisões, muito menos separar famílias, Frank. É preciso reformar o sistema de imigração e ajudar a resolver as causas que levam as pessoas a sair dos seus países de origem. Ninguém quer deixar tudo e fugir, fazem-no por desespero.
- Isso não compete ao governo americano.
- Os americanos provocaram grande parte da catástrofe nesses países. Para acabar com os movimentos de esquerda, armaram, doutrinaram e treinaram os militares, financiaram a repressão. Aqui, justificou-se como expandir a democracia, mas fizemos exatamente o contrário: derrubámos democracias e impusemos ditaduras brutais para defender os negócios das empresas americanas." {pág. 101}
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