Se estivesse provado que passar demasiado tempo em frente aos ecrãs de computadores, smartphones e televisões é tão ou mais prejudicial ao desenvolvimento das crianças como comer fast food todos os dias ou experimentar tabaco, isso mudaria o comportamento das famílias e da sociedade?
Michel Desmurget apresenta, no seu mais recente livro, dados que mostram que não só está provado, como se está a agravar. Propõe um antídoto - ler - e deixa a pergunta: queremos que os nossos filhos sejam capazes de pensar ou que cheguem à idade adulta como meros executantes de tarefas?
Michel Desmurget é um dos mais prestigiados neurocientistas do mundo, autor de vários livros e também pai. Dedica o seu tempo a estudar soluções para os perigos dos ecrãs, e é dessa investigação que resulta o seu novo livro, que chegou a Portugal há cerca de um mês e que desvenda no título aquela que apresenta como a melhor resposta que pais, educadores, políticos podem dar à profusão de ecrãs que nos rodeiam: “Ponham-nos a ler – a leitura como antídoto para os cretinos digitais”.
Michel Desmurget conta que na primeira parte do livro usa precisamente este paralelo: o que diz a literatura científica e o que é dito no espaço público sobre o impacto dos media digitais em crianças e jovens.
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Em 2019, Michel Desmurget publicou um outro livro que chegou às livrarias portuguesas com um título muito sugestivo.