📚 Todos temos um livro que nos marca

 

Olá, 

Todos temos livros que nos marcam. Seja pela história, pelas personagens ou pela altura da vida em que são lidos. 

Com os escritores não é diferente e, nesse sentido, 28 escritores de língua portuguesa partilham com os leitores quais foram as obras literárias que mais os marcaram, num livro editado pela Tinta-da-China, cujos direitos revertem a favor do Mbongi 67, um coletivo artístico da Damaia.

“O que leem os escritores” chega às livrarias no dia 28 de novembro e é uma “carta de amor aos livros” e uma “ode à leitura e às histórias que nos formam”.

O livro nasceu de um desafio lançado pela editora aos autores que publica, para escreverem um texto original sobre um livro que os tenha marcado: aquele a que voltam várias vezes, aquele que os fez descobrir a leitura, aquele que os acompanhou numa viagem especial ou aquele que nunca lhes saiu da cabeça, por exemplo.

O resultado foi um conjunto de textos originais de escritores portugueses e brasileiros, entre os quais se contam A.M. Pires Cabral, Dulce Maria Cardoso, Gustavo Pacheco, Luísa Costa Gomes, Margarida Vale de Gato, Rosa Oliveira ou Rui Cardoso Martins.

Andreia Faria, Antonio Prata, Catarina Gomes, Eliane Robert Moraes, Francisco Bosco, Giovana Madalosso, Natalia Timerman, Paulo Scott, Pedro Mexia, Raquel Nobre Guerra, Ruy Castro, Tati Bernardi, Tatiana Faia, Tiago Ferro e Valério Romão são outros autores que assinam a obra.

A jornalista Ana França, o fotógrafo e artista visual Daniel Blaufuks, a cantora Marta Hugon, o dramaturgo José Maria Vieira Mendes, o político e historiador Rui Tavares e o ator e humorista Gregorio Duvivier são os nomes que completam a lista.

E por aí? Qual é o livro que mais marcou? 

Boas leituras, 

Alexandra Antunes


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Eleição de Trump é "o fim de um sonho para uma América de maior igualdade". Vontade de deixar o país é "bastante grande"

O norte-americano fala numa "polarização entre o rural e o urbano"
Reinaldo Rodrigues/Global Imagens (arquivo)

Richard Zimler confessa, na TSF, acreditar que a vitória de Trump representa uma "mudança psicológica muito grande" para muitos norte-americanos, que passam agora a ter "um fascista, misógino e mentiroso compulsivo" na Casa Branca. O escritor norte-americano Richard Zimler confessa estar "muito perturbado" com a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, afirmando que o "sonho para uma América de maior empatia, igualdade e solidariedade terminou".





Literatura, ou a voz dos outros



O período estival conheceu a publicação de uma Carta do Papa Francisco sobre o papel da literatura na formação. O documento foi habitado pelo desejo de pensar o contributo da literatura para a formação dos padres católicos. Mas o alcance da reflexão alargou os horizontes para o plano mais amplo da formação humana. O texto chegou sem alarido. Não mereceu o destaque de outros textos, que se apresentaram em linha com a agenda global. Mas é certo que um olhar rápido pelos media de referência, em diversos países, depressa descobre que o texto encontrou a empatia de muitas vozes, em diversos setores culturais.

Talvez seja importante recordar que os pronunciamentos autorizados da Igreja católica romana sobre literatura nem sempre foram recebidos como “boas notícias”. Tenha-se presente o famoso “Índice dos livros proibidos”, oficialmente abolido apenas em 1966. Nesse “índice”, encontravam-se reunidos autores como Stendhal, Hugo, Sand, Flaubert, Larousse, Gide, France ou Sartre. Como noutras circunstâncias, o Papa Francisco adota uma estratégia de inversão de perspetiva. Não se trata de traçar as fronteiras entre “boas ou más leituras”. Trata-se de trazer para o debate contemporâneo o papel educativo e formativo da literatura. A argumentação desta carta parte da evidência de que a literatura nos obriga a escutar a voz dos outros, descobrir o “outro” que há em nós, habitar mundos diversos, descentrando-nos e abrindo-nos à aventura da empatia. Essa é uma via de superação dos riscos de confinamento dos indivíduos na sua bolha obsessiva ou narcísica.

Por Alfredo Teixeira