Luísa Sobral é uma das mais destacadas cantoras e compositoras da nova geração da música portuguesa, tendo levado o seu romantismo aos ouvidos e bocas do mundo com
Amar pelos Dois, a canção vencedora do Festival Eurovisão da Canção de 2017. Certo dia, sentiu que uma história que a tocou especialmente, a de Maria Feliz, não cabia na canção que lhe dedicou. Precisava de mais espaço, mais tempo. E assim nasceu
Nem Todas as Árvores Morrem de Pé, o primeiro romance de Luísa Sobral.
Partindo de um caso real e trágico para a ficção, a história alterna entre duas protagonistas, Emmi e M., cujas vidas se entrelaçam nos 50 anos mais dolorosos da história recente da Alemanha. Emmi, nascida nas vésperas da ascensão de Hitler ao poder, perde o pai na guerra e tem uma adolescência difícil, até se apaixonar por Markus, um homem de Berlim Leste. Em pleno auge da Guerra Fria, decide ir viver com ele para a RDA. Mas quando o Muro de Berlim é erguido, a dor da separação da família deixa-a num abismo sem fundo. M., nascida após a divisão do país, adora o pai, mas sofre com o alheamento da sua mãe. Acreditava viver num mundo socialista perfeito, até as suas convicções se estilhaçarem, lançando-a num caminho com destino ao outro lado do Muro.
Mergulhamos, com Luísa Sobral, na sua estreia literária.
*Esta entrevista foi originalmente publicada na revista Wookacontede de maio de 2025.
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