A ideia partiu do Human Library Project, uma plataforma educativa sem fins lucrativos que permite que as pessoas “aluguem” outras pessoas em vez de livros. Cada “livro humano” desta biblioteca representa um grupo que enfrenta preconceitos ou estigmas devido ao seu estilo de vida, etnia, crenças ou deficiências. Um livro humano pode ser um alcoólico, um muçulmano, um sem-abrigo.
O projeto foi criado há 21 anos por Ronni Abergel, um dinamarquês ativista pelos direitos humanos, também jornalista, que se interessou pelo ativismo não-violento após um amigo problemático ter sobrevivido a um esfaqueamento em Copenhaga. Abergel nasceu e cresceu na Dinamarca, mas viveu nos EUA como estudante de intercâmbio.
Chegados ao século XXI, Ronni Abergel, o seu irmão Dany Abergel e alguns colegas desenvolveram então o projeto desta biblioteca humana para um festival na Dinamarca. A ideia era que seres humanos fossem os “livros” que outras pessoas poderiam “consultar” por um período determinado. Durante esse tempo, o “leitor” poderia perguntar ao “livro” o que quisesse.
Poderia uma biblioteca humana unir as pessoas como uma velha biblioteca tradicional? Essa era a resposta que procurava. O primeiro evento decorreu durante oito horas por dia ao longo de quatro dias e contou com 50 pessoas disponíveis para “leitura”. Agora, a Human Library é um fenómeno internacional com eventos regulares em todos os continentes.
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