Do que falamos quando falamos de Bambino a Roma? Falamos de memória, de recriação, de autobiografia tornada ficção. Ou vice-versa. No novo romance do Chico (perdoe-se-nos a familiaridade), somos transportados no espaço e no tempo até à Via San Marino, nas cercanias da esplêndida Galleria Borghese, na capital italiana: no rés do chão do número 12, um pequeno prédio amarelo, um menino traça caminhos no mapa-múndi que cobre a parede do seu quarto. As náuseas que sentiu durante a viagem de barco entre o Brasil e Itália ficaram para trás, e o desejo de traçar novas rotas cartográficas é deslocado para as ruas de uma cidade inteira por descobrir.