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NOVIDADE LIVRO: "Nem Todas as Árvores Morrem de Pé" de Luísa Sobral

Capa do Livro


Este é um romance sobre duas mulheres unidas pela desilusão e pelos cinquenta anos mais tristes da história da Alemanha. Com uma estrutura muitíssimo original e uma galeria de personagens inesquecível, Nem Todas as Árvores Morrem de Pé marca a estreia fulgurante de Luísa Sobral na ficção.


Sinopse: Emmi, que nasceu pouco antes de Hitler ascender ao poder na Alemanha, perde o pai na guerra e tem uma adolescência difícil, trabalhando desde muito cedo para ajudar em casa. É num bar aonde vai com os amigos depois do trabalho que conhece Markus, um homem de Berlim Leste que lhe escreve cartas maravilhosas e por quem se apaixona perdidamente.
Apesar de a mãe torcer o nariz ao seu casamento num momento em que a Guerra Fria está ao rubro, a irmã apoia-a, e Emmi acaba por ir viver com Mischa, como lhe chama, para a RDA. Inicialmente, tudo corre bem, mas, depois de o Muro de Berlim ser erguido, a separação da família e a chegada de uma carta anónima deixam-na na mais profunda depressão.
M. nasce após a divisão das duas Alemanhas e é o fruto perfeito do socialismo: com uma mãe ausente e educada por uma ama que adora plantas, M. idolatra o pai, desconhecendo por completo o mundo ocidental e crescendo ao sabor de uma realidade distorcida. Até que um dia, ao ouvir o testemunho chocante de uma rapariga, descobre que, afinal, não é só o Muro que tem um outro lado.


NOVIDADE LIVRO: "Vencer a Procrastinação" de Paulo Moreira

 

Vencer a Procrastinação, de Paulo Moreira
Todos procrastinamos. Mas e quando não é saudável?

Ao adiar uma tarefa, aumentamos os níveis de stresse. Quando pensamos nas inúmeras consequências negativas que daí podem advir, a nossa amiga ansiedade bate-nos à porta. 

Neste livro, Paulo Moreira, especialista em Inteligência Emocional, desafia-o a vencer o jogo da procrastinação com recurso a 36 estratégias práticas que pode introduzir ainda hoje na sua vida. 

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Pense numa tarefa que ande a adiar e avalie-a de acordo com estes indicadores.

Se respondeu «sim» a estas
4 afirmações, encontre no novo livro de Paulo Moreira a maneira mais eficaz de parar de adiar tarefas. 

📖 «Vencer a Procrastinação»

MENSAGEM DO AUTOR

«Cada pequena vitória na superação da procrastinação é um passo em direção a uma vida mais plena, produtiva e satisfatória.
Que este livro possa ser um guia para a tua vida, ajudando a transformar o que antes parecia ser uma barreira impossível de ultrapassar num trampolim para o sucesso pessoal e profissional.»

Dia Mundial da Leitura em Voz Alta 2025



Dia 5 de fevereiro celebra-se o Dia Mundial da Leitura em Voz Alta.
Ler em voz alta traz múltiplos benefícios: da melhoria de funções cognitivas, como a memória e a concentração, ao contributo para o crescimento pessoal, passando pelo fomento das relações sociais. Ler em voz alta é, também, fonte de prazer e diversão. Para o desafio deste ano, focamo-nos no prazer de ler. Porque cada voz é única e todas merecem ser ouvidas, mantemos o mote Faz ouvir a tua voz! 

Sugestões para Ler em Voz Alta:
  • ao espelho
  • para o animal de estimação
  • com onomatopeias
  • acrescentando efeitos de sons (buzinas, etc.)
  • ao ritmo de uma música
  • com adereços
  • no escuro, com uma lanterna
  • no pátio, no jardim ou no quintal, com um megafone


👉 Ler artigo completo aqui no site do Plano Nacional de Leitura. 📢


WOOKACONTECE: Maria Teresa Horta, uma vida de luta e entrega, pela força das palavras

 

Maria Teresa Horta (1937-2025)

Escritora, jornalista, poetisa e, sempre, uma corajosa lutadora pela liberdade e pelos direitos das mulheres (já na ditadura, quando era perigoso sê-lo), Maria Teresa de Mascarenhas Horta Barros morreu hoje, 4 de fevereiro de 2025, em Lisboa, cidade onde nasceu em 1937, a 20 de maio. Tinha 87 anos e uma vida marcada pela força das palavras, que há muito conquistou um lugar inabalável na literatura portuguesa. Recordamos a sua vida e obra.
Descendente, pelo lado materno, de uma família da alta aristocracia portuguesa, neta em 5º grau da célebre poetisa Marquesa de Alorna, Maria Teresa Horta frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo integrado o grupo da Poesia 61 e sido a primeira mulher dirigente de um clube de cinema, o ABO Cine-Clube. Já como militante ativa nos movimentos de emancipação feminina, foi jornalista n’A Capital e dirigiu a revista Mulheres.
A sua estreia na na escrita aos 23 anos, com Espelho Inicial, foi o início de uma obra prolífica de poesia, romances e contos. Ao longo da sua carreira literária, recebeu diversos prémios de destaque. Nos últimos anos, foi distinguida com o Prémio Autores 2017 na categoria de Melhor Livro de Poesia por Anunciações, a Medalha de Mérito Cultural atribuída pelo Ministério da Cultura em 2020, o Prémio Literário Casino da Póvoa em 2021 pela obra Estranhezas e, em 2022, foi condecorada pelo Presidente da República com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.
Os portugueses recordá-la-ão como uma das “Três Marias”, por ter sido coautora de Novas Cartas Portuguesas, uma obra revolucionária num país fechado ao mundo. Maria Teresa Horta expandiu os horizontes deste “jardim à beira-mar plantado”. Explore, connosco 4 das suas principais obras.


Minha Senhora de Mim
Em abril de 1971, a editora Dom Quixote publicou Minha Senhora de Mim, o nono livro de poesia de Maria Teresa Horta, na coleção «Cadernos de Poesia». A obra, composta por 59 poemas, inspirava-se na tradição das cantigas de amigo medievais, utilizando a literatura canónica para desafiar o status quo. O conteúdo erótico e a poderosa voz feminina incomodaram a ditadura.
Pouco depois, a 3 de junho, o regime salazarista ordenou a busca e apreensão do livro, retirando-o de todas as livrarias do país e ameaçou Snu Abecassis, a proprietária da editora,de que a Dom Quixote seria encerrada se voltasse a publicar qualquer obra de Maria Teresa Horta.
A repressão não ficou por aí. A PIDE perseguiu a escritora, e três agentes chegaram mesmo a agredi-la violentamente na rua. Indignada com a esta brutal repressão, a sua escritora e amiga Maria Velho da Costa diz-lhe: «Se uma mulher sozinha causa toda esta confusão, este burburinho. Este escândalo, o que aconteceria se fôssemos três?». Estava decidido: juntar-se-iam também à escritora Maria Isabel Barreno e iriam, pela escrita, abanar o regime e lutar pela liberdade de expressão. A resposta viria com toda a força e pouco tempo depois, e tinha um nome: Novas Cartas Portuguesas.



Novas Cartas Portuguesas
Publicado em abril de 1972, Novas Cartas Portuguesas foi escrito em coautoria por Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa. Inspirado nas célebres cartas de amor atribuídas à freira Mariana Alcoforado, o livro tornou-se um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril, denunciando a Guerra Colonial, a repressão às mulheres, a emigração forçada, o sistema judicial persecutório e a violência fascista.
A obra, editada pelos Estúdios Cor sob a direção de Natália Correia, foi banida pelo regime, que instaurou um processo judicial às três autoras, acusadas de terem escrito uma obra de «conteúdo insanavelmente pornográfico e atentatório da moral pública». O processo, que ficaria conhecido como o julgamento das "Três Marias", teve início a 25 de novembro de 1973 e arrastou-se até 7 de maio de 1974, já após a Revolução do 25 de Abril, o que resultou na sua anulação. A censura e repressão que sofreu geraram protestos internacionais – apoiadas por figuras como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras – tornando esta obra um símbolo da luta pela liberdade de expressão e pelos direitos das mulheres.
Além do seu impacto político e social, Novas Cartas Portuguesas destacou-se ainda pela sua originalidade literária. Ao fundir diferentes géneros – narrativo, poético e epistolar – e desafiar convenções, a obra mantém-se atual. Em dezembro de 2023, a BBC incluiu Maria Teresa Horta na sua lista das 100 mulheres mais influentes e inspiradoras do mundo, destacando o impacto do livro e descrevendo-a como «uma das feministas mais proeminentes de Portugal e autora de muitos livros premiados».



Eu Sou a Minha Poesia
Eu Sou a Minha Poesia é exatamente isso: Maria Teresa Horta no seu estado mais puro. Nesta antologia, a própria autora escolheu os poemas que considera essenciais no seu percurso, que começou nos anos 60 e continua tão vivo e ousado como sempre.
A sua poesia nunca foi de meias palavras. Feminista, erótica, de intervenção e resistência, desafia regras, dá voz ao desejo e questiona os limites impostos à mulher. Os temas que aborda continuam atuais, e a sua escrita mantém-se afiada, brincando a sério com os tabus da sociedade e explorando territórios onde a autoridade e a liberdade se enfrentam.
Esta antologia mostra como ler Maria Teresa Horta é entrar num universo onde o feminino é força, coragem e afirmação. Cada verso é um grito de liberdade, um desafio à obediência, um ato de rebeldia transformado em poesia.




A desobediente
Desde cedo, Maria Teresa Horta conheceu a dor e o abandono. Filha de um dos mais conceituados médicos de Lisboa e de uma mulher livre e destemida, descendente dos marqueses de Alorna, cresceu entre o brilho dos salões da capital e as sombras de uma infância marcada por perdas e cicatrizes. Ainda pequena, enfrentou a morte de perto, sobreviveu às depressões da mãe e chegou a engolir uma carta para a proteger. Os castigos foram duros e injustos, deixando marcas que nunca desapareceram. A separação dos pais, figuras intensas e complexas, foi mais uma batalha que teve de enfrentar.
Mas terá sido esse sofrimento que a levou à poesia? Terá sido essa infância turbulenta que despertou nela a voz rebelde que a tornaria uma das “Três Marias”? Maria Teresa Horta nunca aceitou regras impostas. Envolveu-se por acaso com o PCP, mergulhou na política antes e depois do 25 de Abril, e construiu uma história de luta e paixão. Poetisa, mãe, mulher intensamente ligada a Luís de Barros, escritora premiada – ainda que tardiamente reconhecida, recusando, por fidelidade aos seus princípios, algumas distinções –, Maria Teresa Horta é, acima de tudo, uma voz indomável. Nesta biografia, Patrícia Reis, romancista e biógrafa experiente, dá-nos a conhecer essa mulher que fez da palavra a sua arma, com a sensibilidade e profundidade.

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Fonte: Dantas, V. (2025, fevereiro 4). Maria Teresa Horta, uma vida de luta e entrega, pela força das palavras. Wookacontece.
https://www.wook.pt/wookacontece/novidades/noticia/ver/maria-teresa-horta-uma-vida-de-luta-e-entrega-pela-forca-das-palavras/?id=256626&langid=1

NOVIDADE LIVRO: "O Gato, o Coelho e outros contos tradicionais" de Adélia Carvalho e Anabela Dias

 



O livro escrito por Adélia Carvalho recupera 11 contos de autores dos séculos XIX e XX que retratam histórias passadas de geração em geração através da oralidade. Em declarações à TSF, a autora afirma que, sem retirar a originalidade da história, os contos ganharam uma "nova vida", tendo sido reinventados e adaptados às crianças dos dias de hoje. "Temos de limpar alguns arcaísmos, alguns valores morais de uma certa sociedade que hoje são inadequados. As crianças, nos séculos XIX e XX, provavelmente teriam de ser adultos muito mais cedo. Com as crianças de hoje, felizmente, isso não acontece, prolongámos o pensamento mágico delas durante muito mais tempo e em termos de linguagem também é necessário adequar isso", explica à TSF Adélia Carvalho.


A autora Adélia Carvalho


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👉 Ler também entrevista feita pela PenguinLivros: «Estas histórias foram pensadas em comunidade e para a comunidade» 📚 Partilho um pequeno excerto:

📌Lembras-te de te contarem ou de leres contos tradicionais na tua infância? De que forma foram importantes para ti e/ou para a tua escrita? Qual era o teu favorito (ou os teus favoritos) e porquê?
R: Lembro-me essencialmente do meu avô Francisco que era um grande contador de histórias. Adorava particularmente o conto Corre, corre cabacinha, uma história fantástica de uma velha que conseguiu enganar um lobo, adorava a esperteza da velha no final. Esta história ajudou-me a vencer o medo e a perceber que, em momentos de aflição, devemos sempre encontrar uma solução. Mais tarde, mostrou-me também a importância da linguagem do humor e do nonsense na construção das narrativas.

📌Consideras que existe uma relação entre os contos tradicionais e o sentimento de união e/ou pertença (a uma família, a uma comunidade, a um lugar, a uma história)?
R: Sim, pois são histórias que foram pensadas em comunidade e para a comunidade. São histórias que foram criadas numa época em que não existia televisão, computadores… existia o momento familiar de contarem histórias uns aos outros, e por muitos anos que tenham passado elas ainda carregam essa memória afetiva.


Adélia Carvalho também é proprietária da Livraria Papa-Livros no Porto.

Que livro devias ler em 2025? Descobre neste quizz.



Respondi a este quizz e o meu resultado foi maioria de respostas A, por isso o livro recomendado para eu ler este ano é "O Investidor Inteligente" de Benjamin Graham. 😉👌 Parece que o meu subconsciente quer aprender mais sobre literacia financeira. 



AS MINHAS LEITURAS: "A Montanha de Livros mais Alta do Mundo" de Rocio Bonilla


 

Ficha do Livro

Autor: Rocio Bonilla
Edições: Jacarandá
Nº de Págs.: 48
Ano de Edição: 2018
Classificação: infantil
Sinopse: Desde que nasceu, Lucas estava convencido que o seu propósito de vida era voar. Inventava e fazia de tudo para alcançar o seu objetivo, mas nada funcionava. Um dia, a mãe explicou-lhe que havia outras maneiras de realizar o seu sonho e pousou-lhe um livro nas mãos. Nesse mesmo instante, sem perceber, Lucas começou a voar e não conseguiu parar.


Comentário
Comprei este livro para oferecer como prenda de anos ao meu sobrinho. O título é muito sugestivo e as ilustrações são belíssimas! Antes de embrulhar, aproveitei para o ler. Fiquei encantada! O gosto pelos livros também me foi incutido em pequena e desde que aprendi a ler passei a voar neles, tal como o Lucas desta história. 😍
Acho que vou comprar este livro para o meu filho (e para mim😊).
Recomendo a sua leitura!


Referências
📌 Sobre a autora e ilustradora espanhola na Editorial Presença.
📌 Partilho um vídeo do youtube com uma hora do conto:





Desafio Literário:
📚 Mant'Anual 2025 na categoria «1º Livro que compras em 2025».


Jornal PÚBLICO: "Partilhar estantes é uma forma de salvar livrarias no Japão (e vender livros mais interessantes)"

Livrarias partilhadas no Japão

No Jornal Público encontrei esta notícia interessante sobre uma solução inovadora de salvar livrarias japonesas através da partilha de estantes. De facto, segundo a Fundação da Indústria Editorial do Japão para a Cultura, entre outubro de 2022 e março de 2024 fecharam mais de 600 livrarias físicas. Foi criado o ano passado, pelo Ministério da tutela, um grupo de trabalho para estudar quais as melhores medidas de apoio às livrarias: "as livrarias são um centro de transmissão cultural e são ativos extremamente importantes para a sociedade, ao manterem a diversidade de ideias e influenciar o poder nacional."
O conceito tem por base a partilha do espaço. Pessoas singulares e empresas podem vender obras novas ou usadas em espaços alugados partilhados. Entre as centenas de arrendatários de prateleiras, que pagam entre 30€ a 58€ por mês, encontram-se pessoas particulares, empresas de tecnologias de informação e pequenas editoras. Cada uma dessas prateleiras é como se fosse a versão física de um perfil nas redes sociais.
Esta ideia está a gerar uma onda de satisfação nas comunidades onde muitas livrarias fecharam porque oferece escolhas mais ecléticas do que aquelas sugeridas por algoritmos das lojas online.


😉👍

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Fonte: Folha de São Paulo. (2025, Janeiro 30). Partilhar estantes é uma forma de salvar livrarias no Japão (e vender livros mais interessantes). Jornal Público.
https://www.publico.pt/2025/01/30/p3/noticia/partilhar-estantes-forma-salvar-livrarias-japao-vender-livros-interessantes-2120716