133º Aniversário de Nascimento de Agatha Christie

 

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Agatha Christie nasceu a 15 de setembro de 1890, em Torquay, Inglaterra. Assinala-se hoje o 133º aniversário de nascimento da famosa escritora de romances policiais, criadora de personagens marcantes como Hercule Poirot e Miss Marple
Sempre teve uma relação muito próxima com a mãe, sobretudo depois da morte do seu pai, quando tinha apenas 11 anos. Ajudava a mãe e fazia-lhe companhia em várias viagens que ela fazia. Foi assim que Agatha desenvolveu o seu gosto por viajar.
Em 1912 conheceu Archie Christie, aviador do exército. Casaram dois anos depois, antes de Archie partir para guerra, em França. Durante a guerra Agatha foi enfermeira voluntária da Cruz Vermelha no Hospital de Torquay. Os conhecimentos que adquiriu nessa atividade foram essenciais para a escrita dos seus romances, uma vez que muitas vezes as vítimas morriam envenenadas. Agatha teve apenas uma filha, Rosalind, e depois disso separou-se do seu marido, que a deixou por outra mulher.
Voltou a casar com Max Mallowan, que conheceu durante uma viagem a Bagdad, em 1930. Viveram juntos durante 46 anos, até à morte dela.
Foi a sua irmã Madge que a incentivou a escrever o primeiro livro. Levou alguns anos, mas publicou, em 1920, o romance policial "O Misterioso Caso de Styles", que lançou uma das mais famosas personagens de sempre, o detetive Poirot. Depois disso escreveu mais 80 obras, entre romances e coletâneas de contos.
Durante a sua carreira, Agatha Christie vendeu milhões de livros em todo o Mundo. As suas obras foram traduzidas em 45 línguas, sendo das mais traduzidas de sempre, apenas ultrapassada pela Bíblia e pelas obras de Shakespeare. As suas histórias serviram de inspiração a várias adaptações, tanto no teatro como no cinema e na televisão. Escreveu uma autobiografia que completou em 1976 e foi publicada, já depois da sua morte por pneumonia, no ano seguinte.

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Mais de 40 anos após a sua morte, Agatha Christie mantém-se um nome incontornável na literatura devido ao seu enorme talento para a escrita de mistérios, que lhe valeu a alcunha de Rainha do Crime. A criadora de Hercule Poirot e Miss Marple deixou-nos uma obra repleta de grandes livros. Estes são os essenciais sugeridos pela Revista Estante (FNAC):


"O Misterioso Caso de Styles" (1920)
Este foi o início de tudo para Agatha Christie. Reza a lenda que o livro foi o resultado de uma aposta: alguém achou que a autora não seria capaz de escrever uma história de detetives à semelhança das de Sherlock Holmes de que a inglesa tanto gostava. No entanto, não só Agatha Christie se provou capaz como criou, no processo, um dos mais emblemáticos personagens ficcionais de todos os tempos: Hercule Poirot.




"O Assassinato de Roger Ackroyd" (1926)
Tido por muitos como um dos melhores romances policiais de sempre, o sétimo livro publicado por Agatha Christie – e o quarto a contar com o génio de Hercule Poirot – foi um verdadeiro marco no género. A premissa é simples: um homem é assassinado no seu escritório, esfaqueado com uma faca da sua própria coleção. A autora inova, contudo, na forma como conta a história, brincando com a perspetiva até ao surpreendente desfecho.




"Crime no Vicariato" (1930)
Desengane-se quem acha que Agatha Christie é apenas Hercule Poirot. A autora criou igualmente outros personagens recorrentes, como Tommy e Tuppence, o superintendente Battle e – a sua preferida – Miss Marple, uma velhota solteira e muito bisbilhoteira com um talento especial para a dedução. Agatha Christie inspirou-se na própria avó e também numa das personagens de O Assassinato de Roger Ackroyd. Este foi o primeiro romance com Marple.



"Um Crime no Expresso Oriente" (1934)
Um dos romances mais populares de Agatha Christie, várias vezes adaptado ao cinema, à televisão e até a videojogos. Nesta narrativa passada no interior de um comboio, a Rainha do Crime exibe uma vez mais o seu génio: o desfecho da história é tão original que, apesar de todas as pistas estarem à disposição dos leitores, poucos serão os que o conseguirão desvendar antes de Poirot.





"Os Crimes do ABC" (1936)
Embora não seja talvez tão conhecido como outros títulos desta lista, é um livro difícil de esquecer, com uma resolução tão inteligente que a imprensa da época chegou a questionar o que aconteceria se Agatha Christie quisesse um dia cometer um crime na vida real. Combinando narração na primeira e terceira pessoas, ao jeito dos thrillers modernos, é também o livro preferido de David Suchet, o ator que durante anos interpretou Hercule Poirot no pequeno ecrã.




"As dez figuras negras" (1939)
Quem não conhece este clássico intemporal não se pode considerar um verdadeiro fã de Agatha Christie. Ou de romances criminais. Com mais de 100 milhões de exemplares vendidos – o que o torna um dos livros mais vendidos de todos os tempos –, conta-nos a história de um grupo de pessoas isoladas numa ilha que se veem ameaçadas da mais bizarra forma possível. Uma autêntica lição de escrita no que respeita a ritmo e controlo narrativo. E provavelmente a obra-prima da autora.



"A casa torta" (1949)
Ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, Agatha Christie recusava-se a repetir as mesmas fórmulas e sempre procurou inovar na forma como construía os enredos. Ora brincava com as perspetivas, ora com a linguagem, de modo a fazer de cada uma das suas histórias um jogo com o leitor. E depois há livros onde inova com o motivo do crime. Ou com o culpado. Este é um desses livros. Razão pela qual não se livrou de uma certa dose de controvérsia na época em que foi lançado.


"Os primeiros casos de Poirot" (1974)
Quem era Hercule Poirot antes de se tornar um dos mais reputados detetives do mundo? O belga do bigode retorcido e das “pequenas células cinzentas” tem aqui uma oportunidade diferente para brilhar, mostrando-nos uma faceta até então desconhecida ao longo de 18 pequenos casos – leia-se “contos” – originalmente publicados em jornais e revistas entre 1923 e 1935.






"Cai o pano" (1975)
Durante a Segunda Guerra Mundial, temendo pela própria vida, Agatha Christie decidiu escrever dois livros e guardá-los num cofre para serem publicados apenas após a sua morte. O primeiro foi este, que leva Hercule Poirot, já muito velho, de volta ao cenário de O Misterioso Caso de Styles para um último caso junto com o companheiro de longa data, Arthur Hastings. É um dos seus mais elogiados – e negros – livros.




"Crime Adormecido" (1976)
Agatha Christie não se limitou a deixar um desfecho para Hercule Poirot pronto para publicação póstuma. Deixou também um desfecho para Miss Marple, na forma deste romance, que chegou às livrarias nove meses após a morte da autora. O último caso de Miss Marple é uma investigação ao passado de uma mulher. E é também considerado um dos melhores livros protagonizados pela idosa investigadora.




"The Mousetrap and Seven Other Plays" (1976)
Agatha Christie não escrevia apenas romances e contos. Uma das suas paixões até era a escrita de guiões para teatro. Guiões esses onde, naturalmente, também se investigavam mortes misteriosas. Este livro reúne oito das suas peças mais populares, entre as quais se destacam “The Mousetrap”, que já contou com mais de 25 mil (!) encenações, e “Witness for the Prosecution”, adaptada com sucesso ao grande ecrã, num filme com Marlene Dietrich, nomeado para seis Óscares. Imperdível.



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Ao longo da minha vida apenas vi filmes e séries inspirados nas obras de Agatha Christie. Ainda não se proporcionou ler os seus livros, mas está na minha wishlist há muitos anos. 💓