Cartaz |
Acaba de chegar às salas de cinema um documentário que propõe uma visita guiada pela biblioteca e pelo mundo do filósofo e romancista italiano Umberto Eco – um autor que era, ele próprio, uma biblioteca inteira.
Ensinou-nos a escrever uma tese. Mostrou-nos a diferença entre um signo e um símbolo. Explicou-nos que a obra aberta é aquela que se presta a diferentes interpretações. Deixou-nos uma História da Beleza e o seu inverso, uma História do Feio. E, claro, assinou esse romance canónico ambientado num mosteiro medieval, com um leque de personagens inesquecíveis e um nome enigmático – O Nome da Rosa.
O italiano Umberto Eco (1932-2016) definia-se simplesmente como semiologista. «Estudo a linguagem e as línguas», resumia. Mas era um oficial de muitos ofícios: filósofo, académico, intelectual público, romancista popularíssimo, orador, figura da TV, bibliófilo – outras tantas facetas afloradas pelo documentário Umberto Eco, a Biblioteca do Mundo, de Davide Ferrario, que acaba de se estrear nas salas portuguesas.