WOOKACONTECE: 6 adaptações que provam que a BD não são só bonecos


1984
O clássico de George Orwell já deu origem a várias adaptações para banda desenhada. Em Portugal, os leitores têm à disposição não uma, não duas, mas três interpretações diferentes de 1984. Destacamos a do brasileiro Fido Nesti, vencedora de um Eisner para melhor adaptação. O desenho de Nesti capta com mestria o sentimento opressivo e sufocante do romance original, ao mesmo tempo que não deixa de imprimir o seu cunho pessoal à obra de Orwell. Uma nova abordagem a um livro que que continua a ser um importante alerta sobre as raízes do totalitarismo.



SAPIENS
Com Sapiens - História Breve da Humanidade, Yuval Noah Harari tornou-se um bestseller. A obra desafia-nos, com uma escrita acessível e recorrendo a ideias da paleontologia, antropologia e sociologia, a colocar a História humana em perspetiva. Nesta adaptação a novela gráfica, ao longo de 248 páginas ilustradas a cores, com a ajuda do escritor David Vandermeulen e do ilustrador Daniel Casanave, o pensamento de Harari ganha uma nova roupagem que aproxima ainda mais o seu livro dos leitores de todas as idades. Uma irresistível (e graficamente impressionante!) introdução à História da humanidade.


FRANKENSTEIN
Georges Bess, que já tinha transportado o Drácula de Bram Stoker para o universo da banda desenhada, regressa aos grandes clássicos da literatura com Frankestein. Esta é a história de Victor Frankenstein que, a partir de corpos de seres humanos, consegue dar vida a um monstro que acaba por se revoltar contra a sua condição e perseguir o seu criador. O preto e branco de Bess, aliado ao seu traço detalhado e fluído, transporta o leitor para o ambiente gótico do romance de Mary Shelley. Um álbum com mais de duzentas páginas e uma capa exclusiva WOOK que faz falta em qualquer biblioteca.


A HISTÓRIA DE UMA SERVA
Uma história arrepiante? Um alerta? A História de uma Serva tornou-se uma das distopias mais relevantes dos últimos anos. A América é agora um estado policial e fundamentalista onde as mulheres férteis, conhecidas como Servas, são obrigadas a conceber filhos para a elite estéril. Mas Defred, uma serva que acaba de ser transferida para casa do Comandante e da sua mulher, lembra-se dos anos antes da Gileade… A partir do romance de Margaret Atwood, Renée Nault conduz inteligentemente o leitor até o mundo aterrador de Gileade. Uma novela gráfica em que se destaca, entre outros pontos, a utilização exímia que Nault faz das aguarelas e das cores.


O DIÁRIO DE ANNE FRANK
Adaptar um dos livros mais lidos em todo o mundo honrando o original, é uma proeza difícil. Felizmente para os leitores, Ari Folman e David Polonsky passaram na prova com distinção. Aprovada pela Fundação Anne Frank, esta novela gráfica apresenta o diário, escrito entre junho de 1942 e agosto de 1944, a uma nova geração de leitores. Através da utilização de soluções gráficas imaginativas, Folman e Polonsky transpõem para as páginas o humor e a alegria de Anne, mas também o medo e as angústias de uma adolescente obrigada a esconder-se com a família durante a ocupação nazi da cidade de Amesterdão.


INTRODUÇÃO AO CÁLCULO EM BANDA DESENHADA
Se as expressões “integrais” e “derivadas” lhe dão vontade de fugir a sete pés, não está sozinho. Mas este livro prova que, com o tom certo, a banda desenhada se pode debruçar sobre qualquer assunto e ajudar a descomplicá-lo! Em Introdução ao Cálculo em Banda Desenhada, o economista Yoram Bauman e o cartoonista Grady Klein explicam de forma simples como esta disciplina se relaciona com o resto da matemática, apresentam-nos génios como Arquimedes ou Bonaventura Cavalieri e demonstram como o cálculo pode ser aplicado à economia, física e muito mais. Uma leitura leve e bem-humorada para enfrentar o «bicho-papão» da matemática.