Artigo de Opinião: "Uma operação ao cérebro dos nossos filhos" por Margarida Davim


Hoje na Revista Visão podemos ler este artigo de opinião sobre o uso desmesurado dos ecrãs por parte de bebés, crianças e jovens. Decidi partilhar aqui no blogue porque vai ao encontro do que eu penso, mas também vai ao encontro da linha de pensamento do neurocientista e autor Michel Desmurget.
Aqui fica um excerto desse artigo:
"(...) Parecem fechados para dentro, mas estão de portas escancaradas para o mundo. Os desconhecidos entram-lhes no quarto a meio da noite. As crianças a quem costumávamos ensinar a não aceitar doces de estranhos passam agora horas a falar com eles, confessando-lhes os segredos, aprendendo-lhes os valores, seguindo-lhes os exemplos nos vídeos de Youtube que parecem tão inofensivos, mas que não nos damos ao trabalho de ver, nos posts de Instagram, que lhes moldam os sonhos, nas dancinhas do Tik Tok, que os absorvem até à alienação. Não admira que deixemos de reconhecer os filhos que, no fundo, não criámos.
A vida torna-se num jogo de recompensas imediatas. A gratificação tem de ser instantânea. E se for só um bocadinho? O ex-editor da revista Wired Chris Anderson disse uma vez que, numa escala do açúcar ao crack, os ecrãs estão mais perto do crack. “Os jogos hoje não são como os do nosso tempo. Nós jogávamos contra o computador. Os miúdos jogam em rede e o jogo não tem fim”, explica-me um amigo engenheiro informático, garantindo que estes novos videojogos são desenhados para ser altamente aditivos. “Está fora de questão deixar os meus filhos jogar online antes dos 16 anos”.

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AS MINHAS LEITURAS: "O Estranho Caso de Benjamin Button" de F. Scott Fitzgerald

 

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Ficha do Livro

Autor: F. Scott Fitzgerald
Título Original: The Curious Case of Benjamin Button
Edições: Editorial Presença
Nº de Págs.: 75
Coleção: Grandes Narrativas
Ano de Edição: 2009
Classificação: Romance
Sinopse: Na génese deste conto publicado pela primeira vez em 1922 terá estado, segundo F. Scott Fitzgerald, uma observação de Mark Twain em que o escritor lamentava que a melhor parte da vida fosse ao início e a pior no fim. Assim nasceu Benjamin Button, mas, como o leitor poderá começar a adivinhar, para grande desgosto e estupefacção de todos os envolvidos, o «pequeno» Benjamin vem ao mundo com a aparência, o tamanho e as peculiaridades de um homem de 70 anos… O Estranho Caso de Benjamin Button inspirou uma adaptação ao grande ecrã.


Comentário
Adoro este conto! Vi primeiro o filme quando saiu e agora li o conto. Prefiro o conto... gosto mais da história em si. Mas o filme também é muito bom e sou capaz de o ver novamente.


Referências
📌 Sobre o autor na Infopedia.
📌 Sobre o conto na Wikipedia.
📌 Trailer do filme adaptado em 2008:





Desafio Literário:
📚 Mant'Anual 2024 na categoria «Um livro de contos, fábulas ou crónicas»


Portal da Literatura: Livros em Destaque

 


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AS MINHAS LEITURAS: "Adopta-me" de Maria João Lopo de Carvalho

Livros com gipsofila


Autor: Maria João Lopo de Carvalho
Edições: Oficina do Livro
Nº de Págs.: 184
Ano de Edição: 2005
Classificação: Romance
Sinopse por Inês Pedrosa: «"Adopta-me" fala da vida verdadeira, dos meninos sem amor e dos amantes sem dinheiro, de pessoas embrutecidas pela miséria e de pessoas que não desistem de lutar pelos seus sonhos. É um livro militante e desassombrado, generoso e terno, cândido e cáustico - exatamente como a Maria João.»


Comentário
Recebi este livro através da plataforma Winkingbooks.
É um bom livro sobre a inconformidade com o sistema de ação social implementado no nosso país, cheio de burocracias; mas também é um livro sobre as deficiências que existem nas famílias. Ora, se a família é a base da sociedade, então é necessário criar políticas que protejam e promovam a família nos mais variados contextos, com o objetivo a longo prazo de reduzir as crianças de rua e/ou institucionalizadas, reduzir o número de pessoas sem abrigo, incentivar as empresas à contratação de jovens e de estrangeiros, promover o trabalho justo e condigno junto dos pequenos comerciantes e empresários, apoiar os estudos até ao ensino superior. O mote é erradicar a pobreza de espírito, abrir horizontes e criar oportunidades para melhores condições de vida! A toxicodependência, a mendicidade, a prostituição, os assaltos, o abandono escolar... são os cancros da sociedade que devem ser combatidos com a espada em punho! Pelo menos, é o que a personagem principal deseja, mas nem sempre a força de vontade move as montanhas de papéis burocráticos...
A autora Maria João foi assessora para a área da educação e ação social na Câmara Municipal de Lisboa e este livro é o retrato desta sua aventura. Reconheço que não é um trabalho fácil e não me imagino de todo a desempenhar funções semelhantes. Ser assistente social ou técnica da comissão de proteção de menores também não é para mim. Tenho quase a certeza que eu não conseguiria fazer uma boa gestão das emoções.
Para além deste quadro nada famoso da sociedade, a autora mistura com os acontecimentos um relacionamento amoroso e secreto entre a personagem principal e um homem que conheceu em Marraquexe, por sinal casado e com filhos. Penso que veio aligeirar o drama associado ao trabalho como assessora, dando um toque de ficção ao livro. Até porque também existem coisas boas na vida e há que saber aproveitá-las.
Por fim, recomendo a sua leitura!


Citações
"O cansaço leva-me à procura de refúgio nos lugares bonitos da cidade. Gosto do cais. Das colunas e do cais. De ver barcos a chegar e barcos a partir. Gosto do som dos barcos. Gosto de reboliço, de gente que não me procura nem procura outra coisa senão a pressa das horas certas. Gosto particularmente de me esquecer do tempo. O rio é um apelo e um refúgio para me esquecer do tempo. Sempre que ali me deixo ficar a desfiar memórias, contemplando outras vidas e medindo a temperatura dos sonhos, vejo que o Terreiro do Paço é a praça mais bonita do mundo."

"O que guardo de Marrocos é a cor. E a luz. A poeira suspensa no ar, em redemoinhos lentos, a desenhar círculos de ouro nas bermas da estrada, um camelo lentamente a arrastar o tempo vagaroso. O tempo para não fazer nada. (...) E as pessoas gostam de nós assim, devagarinho, como se tivéssemos todo o tempo do mundo para sermos gostados. E sabem muito mais do que nós. Sabem que a luz se confina ao fim do dia, uma e outra vez ao ritmo da oração, e que isto é uma verdade tão evidente como a terra, as gentes, a maneira de viverem ao som de lendas, cantadas nas ruas de uma geração à outra, vendendo, comprando, trocando. (...)
Em Marraquexe as pessoas riem com olhos. Podem passar horas a fio a tecer tapetes nas bermas de uma rua magra ou a bater a curva toldada do cobre, mas estremecem de riso e fazem-no com os olhos numa doçura clara que nos rasga a alma. Foi isto que senti. Desejo. Continuar parada no tempo, Inch'Ala. Oxalá."


Referências
📌 Sobre a autora na Wikipedia.
📌 Livros à venda na WOOK.
📌 Entrevista com Maria João Lopo na Revista Caras.


Desafio Literário:
📚 Mant'Anual 2024 na categoria «Ação da história decorre em Portugal».


Papa Francisco: a literatura educa o coração e a mente e abre à escuta dos outros

 



O VATICAN NEWS adianta que o Papa Francisco dirigiu uma carta aos candidatos ao sacerdócio, mas também aos agentes pastorais e a todos os cristãos, para sublinhar o "valor da leitura de romances e poemas no caminho do amadurecimento pessoal", porque os livros abrem novos espaços interiores, enriquecem, ajudam a enfrentar a vida e a compreender os outros.
Com a Carta sobre o papel da literatura na educação", escrita em 17 de julho e publicada a 4 de agosto, o Pontífice pretende "despertar o amor pela leitura" e, sobretudo, "propor uma mudança radical de ritmo" na preparação dos candidatos ao sacerdócio, de modo que se dê mais espaço à leitura de obras literárias. Como a literatura pode "educar o coração e a mente do pastor" para "um exercício livre e humilde da própria racionalidade" e para o "reconhecimento frutífero do pluralismo das línguas humanas", ela pode ampliar a sensibilidade humana e levar a "uma grande abertura espiritual". Além disso, a tarefa dos fiéis, e dos sacerdotes em particular, é "tocar o coração dos seres humanos contemporâneos para que eles possam se comover e se abrir diante da proclamação do Senhor Jesus", e em tudo isso "a contribuição que a literatura e a poesia podem oferecer é de valor inigualável".

👉 Ler artigo completo aqui 📢


AS MINHAS LEITURAS: "As Pontes de Madison County" de Robert James Waller

 

Livros com gipsofila

Ficha do Livro

Autor: Robert James Waller
Título Original: The Bridges of Madison County
Edições: Editorial Presença
Nº de Págs.: 153
Coleção: Pequenos Prazeres
Ano de Edição: 1996
Classificação: Romance
Sinopse: As Pontes de Madison County é a história de Robert Kincaid, fotógrafo famoso, e de Francesca Johnson, mulher de um agricultor do Iowa. Kincaid, de 52 anos é fotógrafo da National Geographic - um estranho e quase místico viajante dos desertos asiáticos, dos rios longínquos, das cidades antigas, um homem que se sente em desarmonia com o seu tempo. Francesca, de 45 anos, noiva italiana do pós-guerra, vive nas colinas do Iowa com as memórias ainda vivas dos seus sonhos de juventude. Qualquer um deles tem uma vida estável, e no entanto, quando Robert Kincaid atravessa o calor e o pó de um verão do Iowa e chega à quinta dela em busca de informações, essa estabilidade desaba e as suas vidas entrelaçam-se numa experiência de invulgar e estonteante beleza, que os marcará para todo o sempre.
O resultado é uma história apaixonante e profundamente comovedora, que coloca Robert James Waller na vanguarda dos novos romancistas norte-americanos. 


Comentário
Gostei muito de ler este livro. Sente-se nas palavras as emoções vividas pelas personagens.
Recorda-me um outro livro "Nove mil dias e uma só noite" da escritora Jessica Brockmole.
Recomendo a sua leitura 😉.


Citações

"Francesca não respondeu, intrigada com aquele homem (...) que era como o vento. E que se movia como o vento. Que talvez viesse dele."

"Os poetas não eram bem-vindos naqueles lugar. Os habitantes de Madison County gostavam de dizer, para compensar o sentimento de inferioridade cultural que infligiam a si mesmos: «É um bom lugar para educar crianças» E a Francesca apetecia-lhe sempre responder: «Mas será um bom lugar para educar adultos?»." {pág. 65}



Referências
📌 Sobre o autor Robert James Waller na Wikipedia.
📌 Entrevista ao autor do livro:


📌 Site com fotos das Pontes do Condado de Madison aqui.
📌Artigo sobre a adaptação do livro para filme no MAG SAPO «"As Pontes de Madison County": uma história de amor à moda antiga».
📌 Trailer do filme (1995):





Desafio Literário:
📚 Mant'Anual 2024 na categoria «Título com as letras da palavra "manta"».


Revista Somos Livros Verão ☀️📚 A nossa amizade dava um livro.

 


Revista Somos Livros – Verão 2024

Porque a todos os nossos leitores desejamos um verão cheio de sol, dedicamos esta edição às amizades que nos fazem felizes. Aos amigos que nos acompanham desde sempre. Aos amigos improváveis. Aos amigos que vem e vão. Aos amigos que levamos para a praia e aos amigos que só vemos depois das férias. Aos de carne e osso e aos ficcionais. Aos que fizeram História e aos que são histórias.

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