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"Clemence Dumas ficou surpreendida com esta decisão que de maneira alguma tinha previsto. Mal ela sabia que ao escolher 'Sarah' para nome Lady Marjorie lhe estava a fazer um elogio: quando era menina tinha gostado imenso de um cão chamado Sarah.
- O meu nome é Clemence, minha senhora.
- Clemence não é nome de criada. Vá com Hudson, Sarah, e lembre-se que está aqui a título de experiência".
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"Se eles [os criados] fizessem alguma coisa idiota como roubar, ou ter um bebé, eram despedidos; se adoecessem ou tivessem complicações, ajudava-os, mais de um ponto de vista prático que humano. Se uma criada estava doente isso representava um prejuízo e, portanto, quanto mais depressa se pusesse boa outra vez e capaz de cumprir as suas obrigações, melhor para todos."
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"Os criados das grandes casas de Londres eram na sua maior parte pessoas tristes e isoladas. Nunca se sentiam capazes de levar uma vida normal porque, embora alimentados e vestidos e geralmente muito mais bem tratados que as classes mais pobres lá fora, esperava-se deles que aceitassem condições quase de escravatura. Uma criada só muito raramente esperaria ver-se casada antes de atingir idade avançada, se é que conseguia casar-se; isto acontecia porque não havia nenhuma senhora que quisesse ter ao seu serviço uma mulher casada. Além de que a sua pobre soldada e as suas limitadas perspectivas faziam das raparigas quem eram criadas as criaturas menos elegíveis de todas as mulheres; aos olhos dos machos elas só prestavam para a cama."
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"- Não estou interessada no género de vida que temos aqui! A viver tudo através deles, como se nós não fôssemos também de sangue e carne. Como se fôssemos uma espécie qualquer de vegetais sem sentimentos e dependentes deles para tudo. A falar deles todo o tempo, a colar os bocadinhos das cartas deles outra vez só para as podermos ler e ficar excitados. (...) Vestindo-as dos pés à cabeça - continuou Sarah - Admirando o luxo deles, vestindo-lhes as roupas. Não quero uma vida em segunda mão. Quero uma vida real e mesmo minha."
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Cartaz |
Chico Buarque |
Apesar da preponderância da música na sua obra, Chico Buarque estreou-se com o romance "Estorvo", em 1991, e tem uma reputação mais do que sólida na escrita de ficção, percurso que lhe permitiria, por exemplo, ser candidato natural ao Prémio Nobel de Literatura, sobretudo depois do exemplo Bob Dylan, que veio abalar o status quo deste meio. No entanto, Academia Sueca à parte, o prémio Camões foi suficiente para alimentar enredos políticos, jogos de bastidores, alguma acrimónia e um desenlace em aberto. Pelo menos até este mês de abril de 2023, altura em que o galardão deverá ser entregue ao seu legítimo vencedor… quase quatro anos depois do anúncio original. Isto porquê?
"Ah, book-to-screen adaptations. Seems like there’s a new one every week, and with it comes the skyscraper highs of seeing your favorite stories brought to life, only rivaled by the seafloor lows of having your most cherished works of literature maimed, butchered, and blasted into Technicolor smithereens."
Vale a pena ler o resto 😉👉 Clicar aqui.
Anne Perry |
"Anne Perry, uma escritora policial britânica que ajudou a espancar a mãe de uma amiga até à morte quando era adolescente e foi a inspiração do realizador Peter Jackson para o filme "Heavenly Creatures", morreu em Los Angeles, anunciou sua editora esta quarta-feira. Tinha 84 anos."
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