Centenas de livros em português foram enviados para a Lua (e ninguém reparou)



A notícia foi avançada pelo jornal Expresso:
no dia 22 de fevereiro de 2024 a Odysseus, da empresa Intuitive Machines, pousou com sucesso na Lua. Foi notícia por ter sido a primeira nave norte-americana a alunar desde a missão Apollo 17 (1972) e a primeira de uma empresa privada dos EUA.
A sonda levou também consigo um backup do conhecimento humano. A Fundação Arch Mission, que tem como missão preservar e eternizar o conhecimento produzido pela civilização humana, gravou num disco indestrutível “as conquistas da humanidade, a história, a literatura, as línguas, as ciências, as artes, a música, o cinema, as filosofias e as religiões” escreveu online o fundador da fundação, Nova Spivack.

Uma notícia super interessante! 📚🌚


AS MINHAS LEITURAS: "A Pérola" de John Steinbeck


Ficha do Livro

Autor: John Steinbeck
Título Original: The Pearl
Edições: Livros do Brasil
Nº de Págs.: 80
Coleção: Dois Mundos
Ano de Edição: 2016
Classificação: Conto
Sinopse: História comovente de uma pérola enorme, de como foi descoberta e de como se perdeu, levando com ela os sonhos bons e maus que representava. História também de uma família e da solidariedade especial entre uma mulher, um pobre pescador índio e o filho de ambos. Baseada num conto popular mexicano, A Pérola constitui uma inesquecível parábola poética sobre as grandezas e as misérias do mundo em que vivemos.


Comentário
É a primeira obra que leio deste autor. O conto está muito bem escrito, admira-me ainda não ter sido adaptado para filme. A dicotomia entre o povo índio e o povo do "homem-branco" é notória através dos pensamentos e ações de Kino e Juana, o casal protagonista.
Recomendo a sua leitura!


Referências
📌 Livro à venda na Wook.
📌 Infos sobre o autor na Infopedia.
📌 Ler artigo «O Olhar de John Steinbeck na adversidade do ser norte-americano» no site Comunidade, Cultura e Arte.
📌 "A Pérola" na Infopedia.



Desafio Literário:
📚 Mant'Anual 2024 na categoria «Um livro de contos, fábulas ou crónicas».


 

NOVIDADE LIVRO: "A Cicatriz" de Maria Francisca Gama

 


A violência contra as mulheres é precisamente um dos temas de “A Cicatriz”, o quarto livro da autora de 26 anos, editado pela Suma de Letras (uma chancela da Penguin) e lançado a 19 de fevereiro. O processo de escrita começou em abril do ano passado, quando Maria regressou de uma viagem ao Rio de Janeiro. Inspirada pela beleza da cidade brasileira, decidiu que o seu próximo trabalho se ambientaria precisamente ali. “Bebo muito da cultura brasileira. Gosto dos autores de lá, da música, da comida. Reuniu-se um conjunto de fatores que despertou em mim o interesse de contar uma história que se desenrolasse ali”, explica. No fundo, o Rio de Janeiro acaba por ser uma personagem, porque toda a narrativa se “desenvolve com base nas suas características”, acrescenta.

A autora Maria Francisca Gama

Maria Francisca Gama começou a escrever aos 10 anos, em cadernos e blogues. O gosto pela literatura sempre a acompanhou — a vontade de escrever ficção surgiu em miúda. “O meu objetivo é contar histórias que nos façam pensar sobre a realidade e, sobretudo, sobre o papel e condição da mulher na sociedade”, revela.


📚🌹


WOOKACONTECE: Novelas gráficas, por onde começar?

A partir dos anos 70, o meio editorial cunhou o termo NOVELA GRÁFICA para se referir a histórias de banda desenhada mais longas que já não se circunscreviam às tiras diárias, muitas vezes de carácter cómico. A novela gráfica deu espaço aos criadores de banda desenhada para explorarem novas temáticas e novas formas de conjugar imagens e palavras, com narrativas complexas que abordam temas mais adultos.



Dúvidas existissem acerca da influência de Will Eisner no mundo da banda desenhada, bastaria a constatação de que os mais importantes prémios da área nos Estados Unidos foram batizados com o seu nome. Um Contrato com Deus, publicado originalmente em 1978, é frequentemente apontada como uma das obras pioneiras que ajudaram a popularizar o termo novela gráfica. Apesar da quase total ausência dos tradicionais painéis a que o leitor se habituou, a obra de Eisner marca uma viragem retratando, ao longo de quatro histórias com alguns traços autobiográficos, a violência da vida americana.




«É impossível descrevê-lo com precisão e seria impossível realizá-lo em qualquer outro meio que não a BD». A crítica do Washington Post deixa antever, em poucas palavras, a singularidade de uma obra como Maus que se tornaria o primeiro livro de banda desenhada a ganhar um prémio Pulitzer e influenciaria várias gerações de autores como Marjane Satrapi (de quem falamos mais adiante) ou Chris Ware. A partir das memórias do seu pai Vladek, um judeu polaco sobrevivente do Holocausto, e recorrendo a uma imagética próxima da fábula em que os judeus são representados como ratos e os nazis como gatos, Spiegelman cria uma obra incontornável que retrata os horrores da guerra e da barbárie nazi, mas reflete também sobre o peso da memória, a culpa dos sobreviventes e a herança dos que lhes sucedem.



Filipe Melo e Juan Cavia já tinham cativado os leitores desde a sua estreia com As Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy, mas Balada para Sophie, editado em 2020, catapultou-os para um novo patamar. Com um ritmo cinematográfico e ao longo de mais de quatrocentas páginas – feito invulgar na banda desenhada nacional –, a rivalidade entre dois pianistas de origens distintas prende o leitor numa história comovente sobre ambição, sucesso, música e redenção. Somos parciais, mas esta parece-nos a introdução perfeita para todos os que se querem lançar pela primeira vez na leitura de uma novela gráfica. De preferência com a belíssima Balada para Sophie, composta por Filipe Melo, como música de fundo.



Estamos em 1979, no Irão sopram ventos de mudança. Através dos olhos de Marjane, uma criança rebelde com dez anos, acompanhamos os efeitos da Revolução Islâmica. À medida que a repressão se instala e aos poucos mulheres e raparigas são obrigadas a usar véu, a música rock é declarada ilegal e os bombardeamentos iraquianos começam a fazer parte do quotidiano, a família de Marjane tenta resistir e manter a normalidade possível. Da infância ao final da adolescência, que será passada na Europa para onde é enviada para escapar da guerra, a protagonista cresce sempre dividida entre dois mundos difíceis de conciliar. Com um traço inconfundível e humor, Persépolis, que seria adaptado pela própria Marjane Satrapi para filme em 2007, parte da memória da sua autora para contar uma história de comovente sobre tolerância e liberdade.




De vez em quando aparece um livro que parece gritar-nos uma verdade importante e incontornável sobre o nosso tempo. É o caso de Sabrina de Nick Drnaso.
Uma jovem mulher desaparece um dia após o trabalho. O seu namorado e a irmã vivem dias de angústia até que uma cassete vídeo, enviada às redações de vários órgãos de comunicação social, revela o que aconteceu. As imagens tornam-se virais desencadeando uma onda de paranoia, notícias falsas e teorias da conspiração que coloca as verdadeiras vítimas da tragédia no olho do furacão. Ao leitor, que conhece Sabrina nas primeiras páginas, resta-lhe navegar por entre os destroços. Reflexão arrepiante sobre uma sociedade permanentemente ligada e cada vez mais desumanizada, a obra tornou-se a primeira novela gráfica finalista do Booker Prize.




Com o objetivo de pagar os seus empréstimos estudantis, Kate, tal como muitos outros habitantes da Costa Leste do Canadá antes dela, viaja para o Oeste para aproveitar a corrida ao petróleo em Alberta. Em campos isolados, onde é uma das poucas mulheres entre homens, vai deparar-se com um ambiente duro, onde o trauma é ocorrência quotidiana, mas nunca é discutido. O desenho de Kate Beaton, de uma aparente simplicidade, dá forma a uma narrativa autobiográfica que se torna universal ao abordar as contradições e a complexidade do isolamento, do capitalismo e dos seres humanos em condições extremas. Aclamado pela crítica, Patos foi considerado um dos livros do ano para publicações como a New Yorker, o The Guardian ou a Time, integrou a lista de melhores do ano de Barack Obama e venceu dois prémios Eisner.

📚


Entrevista a Anthony Marra

O autor Anthony Marra

Anthony Marra (n. 1984, Washington DC) ainda não é um nome na ponta da língua dos leitores portugueses. Mas talvez Domingos no Cinema, editado este mês pela Porto Editora, ajude a fixar o autor. O escritor que esteve em Lisboa o ano passado para uma sessão de conversa na FLAD – e que diz já ter visitado Portugal três vezes, “um dos seus lugares favoritos” –, esteve à conversa com o DN, a partir do Connecticut, sobre este segundo romance publicado no nosso país, depois de O Czar do Amor e do Tecno (Editorial Teorema). Uma entrevista interessante e muito esclarecedora sobre a obra em questão.


Sinopse: Como tantos antes dela, Maria Lagana foi para Hollywood para fugir ao seu passado. Nascida em Roma, onde todos os domingos o pai a levava ao cinema em vez da igreja, Maria acaba imigrando com a mãe para Los Angeles, depois de um gesto inconsequente seu ter levado à prisão do pai e posterior desterro na Calábria.
Escrito com inteligência, sagacidade e profundo rigor histórico, Domingos no cinema é um retrato fiel de Hollywood da década de 1940 e de uma Europa dominada pelos fascismos – o panorama de uma era que lança uma longa sombra sobre a nossa. É uma carta de amor aos pequenos protagonistas da vida.


👉 Ler entrevista completa no Diário de Notícias aqui.


 📚🎬


AS MINHAS LEITURAS: "Fuga para a luz" de Elizabeth Webster

Livros com gipsofila

Ficha do Livro

Autor: James Herriot
Título Original: Shadow into Sunlight
Edições: Seleções do Reader's Digest
Nº de Págs.: 100
Coleção: Livros Condensados
Ano de Edição: 1991
Classificação: Romance
Sinopse: Caroline sempre viveu para os outros. Durante quinze anos cuidou da mãe acamada, vivendo num mundo restrito e marcado pela doença. Anseia pela liberdade, mas quando o momento chega, falta-lhe a coragem. Então conhece Jon Armorel, um homem em luta contra as suas próprias recordações amargas. Com a ajuda dele, Caroline ousa procurar uma nova vida num mundo novo. Mas mesmo aí as sombras do passado vão continuar a persegui-la até ela ter a energia para se rebelar e as enfrentar.


Comentário
A história é boa. A clausura forçada em que Caroline viveu mexeu-lhe com os nervos após a morte da mãe. O sistema dela foi abaixo, necessita de um reset, de recomeçar. A relação que existia entre mãe-filha era tóxica e ela precisa de um detox.
É interessante como cada um de nós supera os seus traumas, os seus medos.

Na internet não encontro qualquer informação sobre o livro ou a autora. É pena. 


Referências
📌 Elizabeth Webster foi membro fundadora de um programa de artes para crianças no Centro de Artes de Cheltenham.
📌 O Parque Nacional de Ichkeul (Tunísia) é um ponto de paragem muito importante para várias espécies de aves migratórias 👉 o cenário idílico da segunda parte do livro.






Desafio Literário:
📚 Bingo Profissão do Herói 2024 na categoria «Jornalista».




NOVIDADE LIVRO: "A Cheia – Blackwater" de Michael McDowell

Uma saga familiar épica, em que mulheres poderosas lutam para dominar durante gerações. Blackwater é a história de uma família e os rios que moldam as suas vidas. Tudo começa em 1919, quando as águas escuras do rio Blackwater inundam Perdido, uma pequena vila no sul do Alabama. Um retrato realista de um universo em que o sobrenatural brilha no escuro e misterioso Alabama do século XIX.
A Cheia — Blackwater 1, de Michael McDowell
Quando as cheias mergulham Perdido, os Caskeys, a família mais rica e importante do lugar, têm de fazer face à catástrofe.
Mary-Love, a imponente matriarca, e Oscar, o seu dedicado filho, não contavam, porém, com a súbita e misteriosa aparição de Elinor Dammer, uma mulher jovem, de passado conturbado, cujo único propósito parece ser infiltrar-se no seio da família Caskey.
Uma atmosfera única numa leitura viciante. Este é o primeiro de seis livros da saga que está a conquistar milhares de leitores em todo o mundo.

A artista portuguesa que transforma capas de livros em sacos de croché incríveis

 


Cate & Ginger, como é conhecida online (em homenagem à coelha que sempre quis e nunca teve), transforma as imagens das capas dos livros em tote bags, malas, porta-moedas e capas para e-readers, por exemplo, tudo feito com esta técnica artesanal.
Um dia, enquanto tricotava, percebeu que os tons de verde e rosa das linhas eram idênticas às da capa do livro que andava a ler. Na mesa de cabeceira, tinha o romance young adult “Yerba Buena”, da autora norte-americana Nina LaCour. “Será que podia fazer sacos assim?”, questionou-se. Porém, foi o namorado que a incentivou a avançar com a ideia.
Os acessórios Cate & Ginger estão à venda online e os preços variam entre os 18€, no caso dos porta-moedas, e os 55€, se for uma capa para e-reader de tamanho XXL.




Fome de livros


Florbela é a nova pastelaria de inspiração francesa do hotel Torel Palace Porto. Mais do que um local para comer e beber, é um espaço de livros e de tertúlias.
Além do menu de bebidas e comida, o espaço está a interagir culturalmente com a sociedade portuense. De acordo com Ricardo Meira, o Florbela passou a ter um Clube de Livros e todos os meses têm existido tertúlias em volta da literatura, além da apresentação de novas obras. A adesão dos portuenses está a surgir e isso levou o hotel a procurar uma curadora, que em breve irá assumir uma programação cultural regular. “Notamos ainda que têm surgido grupos de pessoas que escolhem este espaço para reunir e fazerem pequenas tertúlias. E são muito bem-vindos.” Mais do que um espaço requintado para comer e beber, o Florbela está a afirmar-se como um local de discussão e partilha intelectual, para dar gosto à cultura no centro do Porto.






Prémio Livro do Ano Bertrand 2023 🏆


O Prémio Livro do Ano Bertrand, uma iniciativa da Livraria Bertrand, distingue, com periodicidade anual, obras literárias de ficção e não ficção. Lançado em 2017, este é o primeiro prémio literário, em Portugal, atribuído pelos livreiros e pelos Leitores Bertrand (titulares de cartão Leitor Bertrand).
A partir de uma pré-seleção de 304 livros, publicados ou reeditados em 2023, conforme indicado no regulamento do Prémio Livro do Ano Bertrand, este Prémio irá distinguir a obra que se tenha destacado em cada uma das seguintes categorias:
1) Melhor livro de ficção lusófona;
2) Melhor livro de ficção estrangeira;
3) Melhor nova edição de grandes obras de literatura (lusófona/autores estrangeiros);
4) Melhor livro de poesia (lusófona/autores estrangeiros);
5) Melhor livro de não ficção (lusófona/autores estrangeiros);
6) Melhor livro infantil;
7) Melhor banda desenhada e novela gráfica. 

A votação é exclusiva para livreiros e Leitores Bertrand, que podem votar uma única vez e apenas num livro de cada categoria, da seguinte forma: a partir do convite enviado, via e-mail, do endereço Leitor Bertrand; ou através da página da votação, após efetuar o login com o seu e-mail.
Para votar, é necessário que o leitor tenha um e-mail associado na sua ficha de cliente. Caso não tenha associado e pretenda fazê-lo, contacte-nos para leitor@bertrand.pt.
Conheça os candidatos, verifique o convite no seu e-mail ou aceda à página da votação para votar no seu preferido até 8 de março.



A MODA VIVE UM NOVO ROMANCE COM A LITERATURA

 


A Saint Laurent inaugurou recentemente em Paris a Babylone, uma livraria que se quer afirmar como um espaço cultural na capital francesa, onde da arquitetura ao design de interiores, e naturalmente os livros foram cuidadosamente escolhidos para habitarem o novo espaço.
Babylone respeita e respira os códigos da casa de moda de luxo francesa (até porque tem uma secção de moda com coleções de lifestyle), mas ali a curadoria é dedicada aos livros (arte, design, moda, fotografia, edições raras e clássicos literários…), aos discos de vinil escolhidos pelo diretor criativo da Saint Laurent Anthony Vaccarello e às peças de design vintage.
Uma livraria que é mais do que uma livraria. É também um espaço para receber diferentes vozes criativas promovendo um sentimento de comunidade onde se encontra a inspiração em grandes referências das artes, mas também pela voz de talentos emergentes.




NETFLIX Série: "Um Dia"

 


Acabei de ver esta série baseada num dos meus livros favoritos: "Um Dia" de David Nicholls.
O comentário ao livro e ao filme podem ser lidos no meu antigo blogue aqui.
Quanto a esta nova adaptação, fiquei contente, sobretudo, por não estragarem o fator surpresa. Ao contrário do filme, a série começa tal e qual como no livro, não alterando a ordem das cenas e dos acontecimentos. 👏
O meu conselho é ver um episódio por dia, com calma, para ir degustando. É importante o espetador ter a noção da passagem do tempo, dos anos, e de tudo o que isso implica (envelhecimento das personagens, mudanças tecnológicas e alterações de moda e do estilo de vida em geral). Se os episódios forem visualizados de rajada, essa noção da passagem do tempo pode ficar comprometida. 

Para mais informações, ler os artigos na revista MAGG e no Site NIT.


AS MINHAS LEITURAS: "Pestilência" de Ken McClure

 

Livros com gipsofila

Ficha do Livro

Autor: Ken McClure 
Título Original: Pestilence
Edições: Seleções do Reader's Digest
Nº de Págs.: 140
Coleção: Livros Condensados
Ano de Edição: 1991
Classificação: Romance
Sinopse: Primeiro há um assalto à morgue do Hospital de Skelmore, pouco desaparecem dois cadáveres... Para o Dr. James Saracen é o começo de um pesadelo. À medida que vai desmascarando uma conspiração que envolve a administração do hospital, não é apenas a sua carreira que fica em risco, toda a cidade de Skelmore enfrenta uma catástrofe de proporções aterradoras. Contando com a enfermeira Jill Rawlings como única aliada, Saracen arrisca a vida tentando dominar uma praga virulenta e aparentemente incurável.


Comentário
A história é boa, enquadra-se no género thriller médico.
Só não gostei do autor mencionar o apelido do personagem principal vezes sem conta: Saracen... Saracen... Saracen... Não considero uma boa escolha. E por mais vezes que seja lida continua a não soar bem. Sorry 🙍


Referências
📌 Site Oficial do autor Ken McClure.

»» No livro contém esta informação acerca do autor ««

Ken McClure vive e trabalha em Edimburgo, e foi a própria história da cidade que o inspirou a escrever "Pestilência". Há cerca de sete anos, deparou com um pequeno artigo num jornal local: escavações feitas numa igreja da cidade tinham posto a descoberto restos mortais de vítimas de peste. O jornal apresentava o testemunho de especialistas para descansar a população de que não existia qualquer perigo de terem permanecido naqueles restos humanos vestígios da doença.

Mas o autor ficou a pensar: e se a doença tivesse sobrevivido numa colónia isolada de ratazanas e essa colónia, inesperadamente, fosse perturbada pelo homem? A doença reapareceria e várias pessoas seriam vítimas de uma doença, na sua essência, própria de ratazanas. Embora Ken McClure admita que isso seja uma ocorrência improvável, sugere que não é inconcebível. Existe uma ideia errada de que a peste é uma doença dos tempos medievais, mas todos os anos surgem casos no sudeste asiático. A razão principal para que não se espalhe reside na ficilidade com que pode ser tratada através de medicamentos modernos.

Como bacteriologista, Ken McClure trabalhou em vários hospitais antes de ingressar no Gabinete de Investigação da Universidade de Edimburgo, dedicando-se ao estudo da genética de bactérias. Iniciou-se como escritor em 1983, após uma viagem de estudo a Israel.




Desafio Literário:
📚 Bingo Profissão do Herói 2024 na categoria «Médico».


Em Óbidos, o hotel The Literary Man é o paraíso dos bibliófilos

 


Com 70 mil títulos, The Literary Man, em Óbidos, é, provavelmente, um dos hotéis com mais livros do mundo. Quem o diz é a proprietária Marta Garcia, que cresceu entre estas paredes, que quase foram um convento.
Quem por lá passa pode deixar um livro, trocar por outro ou comprar algum título a preço simbólico. E há obras para todos os gostos e interesses, como livros de história, direito, arquitetura, literatura para crianças, muita ficção e poesia, de autores clássicos e contemporâneos. E tudo em diversas línguas. Os livros encontram-se espalhados por todo o hotel: no salão, onde se pode ler ao calor da lareira, mas também nos corredores, no restaurante (os pratos também têm inspiração literária), no bar de gin, ou na cozinha onde se realizam os showcookings.

👉🏻 Ler artigo completo na revista Evasões 👈🏻



Entrevista a Andriy Lyubka

 

Andriy Lyubka

Andriy Lyubka tem 36 anos. É poeta, escritor e ensaísta. Começou a publicar muito cedo, em 2007, com “Oito Meses de Esquizofrenia”, o seu primeiro livro de poemas. Em 2009 escreveu “O Terrorismo”, em em 2012, “40 Dólares Mais Gorjetas” e “O Assassino”, uma coletânea de contos. O seu primeiro romance, “Karbid”, ficou entre os cinco melhores livros de 2015 da BBC Ucrânia e a tradução polaca esteve na lista de finalistas para o prémio literário Angelus, que distingue obras de autores da Europa Central. Recentemente, recebeu o prémio literário da Fundação Kovalev (EUA) e o Prémio Sheveliov para o melhor livro de ensaios de 2017 na Ucrânia. Neste texto para o Expresso fala de dois anos de sufoco pessoal e coletivo. Diz que já não escreve romances porque “o turbilhão de histórias fazem a ficção capitular perante a realidade”.



🙏

NOVIDADE LIVRO: "Um Preto Muito Português" de Telma Tvon


Capa do livro 


Telma Tvon já escreveu o livro há alguns anos - teve uma primeira edição, em 2018, pela Chiado Editora, e sai agora pela Quetzal "com revisão literária, feita a preceito" - e quando o fez não tinha "a real perceção de como ele [Budjurra] é tanta gente".
A autora luso-angolana aborda, no seu primeiro livro, temas como racismo ou discriminação, através das histórias do dia-a-dia de "Um preto muito português", inspiradas em jovens das comunidades afrodescendentes e imigrantes em Portugal.


A escritora Telma Tvon


Embora o livro não seja autobiográfico, Telma Tvon já viveu alguns dos episódios ali contados. "É a história do nosso dia-a-dia enquanto pessoas negras. Acontece numa coisa tão simples como: estou no comboio, faço um comentário e alguém diz 'não estão bem, vão para a vossa terra'".




📚


AS MINHAS LEITURAS: "Quando os Violinos se Calaram" de Alexander Ramati

Livros com gipsofila


Ficha do Livro

Autor: Alexander Ramati
Título Original: And the violins stopped playing
Edições: Seleções do Reader's Digest
Nº de Págs.: 132
Coleção: Livros Condensados
Ano de Edição: 1985
Classificação: Romance
Sinopse: Novembro de 1942 a Janeiro de 1945: a trágica odisseia de Roman, da sua família e da sua tribo. O holocausto de um povo esquecido pela História. 


Comentário
O autor foi convidado a assistir ao terceiro Congresso Mundial de Ciganos realizado em Gottingen (cidade da alemanha ocidental), em maio de 1981, onde participaram 300 delegados de mais de 20 países. Já há algum tempo que pretendia escrever um livro sobre o holocausto dos ciganos e aquele evento seria ótimo para recolher informações e testemunhos. Aí conheceu Roman Mirga, o protagonista da nossa história, uma história surpreendente e elucidativa.
Eu desconhecia a dimensão da perseguição aos ciganos, fiquei chocada. A 1 de agosto de 1944 foram massacrados, mortos, 4000 ciganos no campo de concentração de Auschwitz.
Este deveria ser um daqueles livros obrigatórios nas prateleiras sobre a II Guerra Mundial.
Recomendo vivamente a sua leitura! 


Referências
📌 Site informativo Romani Dromá - Caminhos Ciganos.
📌 Artigo sobre os ciganos na Wikipedia.
📌 Dia Internacional das Pessoas Ciganas - 8 de abril [Site Eurocid]
📌 Dia Mundial da Língua Romani - 5 de novembro [Site UNESCO]
📌 Adaptação do livro para filme (1988) pelo próprio escritor Alexander Ramati. Filme completo no  Youtube 👇


📌 Logo no início do livro, um militar nazi disse que as Danças Húngaras de Brahms e as Rapsódias Húngaras de Liszt é que eram a verdadeira música cigana. Partilho dois exemplos:




📌 Noma, uma doença que proliferou nos campos de concentração nazis. Ver informação no site Médicos Sem Fronteiras.





Desafio Literário:
📚 Mant'Anual 2024 na categoria «Um livro sobre a I ou II Guerra Mundial».

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